09/07/2019

PERUIBE

Antiga estação da Estrada de Ferro Sorocabana e atual Museu Arqueológico de Peruibe. 


Quando do descobrimento do Brasil pelos portugueses em 1500, já existia, na região, a Aldeia dos Índios Peruíbe. No sistema de Capitanias Hereditárias implantado pela Coroa Portuguesa em 1534 para a colonização do Brasil, o território onde hoje localiza-se Peruíbe pertencia à Capitania de São Vicente, cujo donatário era Martim Afonso de Sousa.

Mas a história de Peruíbe está intimamente ligada ao estabelecimento dos padres jesuítas pelo litoral do estado de São Paulo. Em 1549, chegou o padre Leonardo Nunes para fazer a catequese dos índios, no local onde já havia sido construída a Igreja de São João Batista. Os indígenas o apelidaram de Abarebebê ou Abaré-bebé (termo que, traduzido do tupi antigo, significa "Padre Voador", através da junção de abaré, "padre" e bebé, "voador"),[9] pois parecia estar em vários locais ao mesmo tempo. Restos desta igreja são conhecidos hoje como Ruínas do Abarebebê. Em 1554, foi a vez de o padre José de Anchieta chegar ao aldeamento.

Em 1640, passou a ser conhecida como Aldeia de São João Batista e, em 1789, os padres jesuítas foram expulsos do Brasil. A aldeia, abandonada, entrou em declínio, tornando-se uma pacata vila de pescadores, sempre submetida ao município de Itanhaém.

Em 1914, a construção da Estrada de Ferro Santos-Juquiá trouxe novos habitantes. A bananicultura se espalhou pela região. Nos anos 1950, com a construção de rodovias para o Litoral Sul, a atividade comercial, especialmente a imobiliária, começa a crescer, sendo realizado um plebiscito para definir a emancipação política de Peruíbe, em 24 de dezembro de 1958, proposto pelo então vereador de Itanhaém, Geraldo Russomano.

Em 18 de fevereiro de 1959, o distrito passou a ser um município desmembrado do território de Itanhaém. Já em 22 de Junho de 1974, Peruíbe foi reconhecida como Estância Balneária. Em 1975, foi assinado, pelo presidente brasileiro Ernesto Geisel, o acordo nuclear Brasil-Alemanha, que previa, dentre outros itens, a construção de uma usina nuclear na Praia do Arpoador, na Jureia. A sociedade resistiu, e os equipamentos que seriam usados em Peruíbe ficaram na usina de Angra 3. Também na década de 1970, o uso medicinal da lama negra de Peruíbe ganhou repercussão internacional, mas seu emprego só foi retomado após pesquisas comprobatórias da sua eficácia nos anos 2000. Em 2007, o empresário Eike Batista anunciou que pretendia construir o Porto de Peruíbe (Porto Brasil), que seria o maior e mais moderno da América Latina, com um parque industrial anexo. O projeto foi suspenso por tempo indeterminado. - Wikipedia.


EVOLUÇÃO E TRANFORMAÇÃO POLICO-TERRITORIAL


Dinâmica dos territórios jurídicos nos três períodos políticos do Brasil. Dalmo Duque. 


Desmembramentos históricos dos municípios da Baixada Santista a partir da Capitania de São Vicente. Fonte: CIDE-Central Integrada de Dados e Estatísticas do Município de Praia Grande com base no IGC e IBGE.


RUÍNAS DO ABARABEBÊ


Na antiga aldeia de Iperoig ou São João Batista de Peruíbe, estabeleceu-se no século XVI uma missão jesuítica, com o objetivo de converter os índios que viviam ao sul da Capitania de Itanhaém. No final do século XVII, a aldeia passou a ser administrada pelos franciscanos, sendo possível que a capela, da qual subsistiram apenas ruínas, tenha sido construída neste período. Esta hipótese se baseia em um desenho feito pelo engenheiro militar José Custódio Ferreira de Sá e Faria que, em 1776, esteve em Peruíbe e registrou uma construção singela, cuja arquitetura se aproximava mais da franciscana do que daquela adotada pela Companhia de Jesus, em estilo maneirista. O nome Abarebebê, “o santo que voa”, foi a alcunha dada pelos índios ao padre jesuíta Leonardo Nunes e que se incorporou às ruínas, marcando a sua presença no local.

CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
Nome atribuído: Ruínas do Abarebebê
Localização: Ruínas do Abarebebê – Peruíbe-SP
Número do Processo: 09515/69
Resolução de Tombamento: Resolução de 11/08/1979
Publicação do Diário Oficial: Poder Executivo, Seção I, 17/08/1979, p. 47
Livro do Tombo Histórico: Nº inscr. 130, p. 24, 29/05/1981

Fonte: Arquivo Condephaat.




A CONVERSÃO DE PERO CORRÊA


A Conversão de Pero Correa. pintura de Benedicto Calixto. Igreja de Santa Cecília, São Paulo


"A cena aconteceu no ano de 1549 na praia do Guarahú, em frente a Ilha Grande, região de Peruíbe, São Paulo. O famoso aventureiro caçador de índios Pero Correa ouve o padre Leonardo Nunes, arrepende-se de seus crimes e liberta os índios, entrega todos os seus bens à Companhia de Jesus e torna-se também missionário.

Em 1549 o padre Leonardo Nunes (Abarebebê) converteu Pedro Corrêa. Arrependido foi insigne o zelo com que tratou os índios dali em diante, padecendo pela liberdade de seus corpos e vida de suas almas, fomes, sedes, frios, calmas, malquerenças, perigos de mar e da terra, e todo o gênero de trabalhos. Foi ouvido dizer muitas vezes que não poderia alcançar perdão dos grandes males que tinha obrado contra os Brazis senão empregando-se todo em seu serviço até morrer. Assim o cumpriu, por cinco anos que lhe restaram de vida.

Os homens de Pero Correa, com a ajuda dos índios, construíram uma pequena igreja dedicada a Nossa Senhora da Conceição sobre uma elevação próxima à praia. Esta aldeia e Capela não foi, como se suporia, uma Capela sem importância como tantas outras de existência efêmera que primeiros cristãos no Brasil fundaram pelo sertão e litoral. Era uma igreja de boas proporções, onde os padres doutrinavam os gentios.

Um pequeno grupo de jesuítas foi mandado por Manuel da Nóbrega ao interior, com o propósito de iniciar a catequese de indígenas identificados por Anchieta como "ibirajaras". Estavam também incumbidos da tarefa de achar caminho pelo qual fosse possível chegar às terras de colonização espanhola no Paraguai. Iam, entre eles, Pero Corrêa e João de Sousa, missionários.

Interessante a história desse Pero Corrêa. Português, viera ao Brasil como colonizador e, como muitos outros, queria prosperar. Não demorou muito e estava envolvido com o apresamento de indígenas para escravização. Em uma carta escrita em São Vicente em 15 de março de 1555, Anchieta observou: "Era um dos principais portugueses que estavam nesta terra e andava em uma nau, por toda a parte, matando índios ou aprisionando-os, parecendo-lhe que fazia um grande serviço a Nosso Senhor [...]." (¹) Que serviço, prestava ele!...

Mas, um dia, tudo mudou. O caçador de índios resolveu mudar de vida e se tornar jesuíta. Novamente de acordo com Anchieta, "logo que a trombeta de Cristo começou a soar pelos da Companhia, foi ele o primeiro que dobrou o colo ao jugo dela; e dizia muitas vezes, e de tal se persuadira, que se queria salvar-se, era mister que todo se desse ao serviço desses índios, até morrer pela alma deles, não achando nenhuma satisfação com que reparasse o mal que lhes havia feito." (²)

É difícil identificar o que poderia ter provocado tão notável emenda. Seria, talvez, sentimento de culpa, medo das penas eternas (conforme se ensinava na época), quem sabe arrependimento sincero? De qualquer modo, admitido como irmão na Companhia de Jesus, logo estava Pero Corrêa mergulhado na catequese de indígenas, ajudado pelo conhecimento que tinha da língua por eles falada.

Pero Corrêa foi jesuíta durante cinco anos, até ser enviado por Nóbrega, com outros religiosos, na expedição para catequese dos "ibirajaras". Ao que parece, a insistência em que abandonassem a antropofagia soou demasiado irritante para os senhores da terra, que resolveram acabar com o incômodo. João de Sousa foi o primeiro a morrer, sob o efeito das flechadas recebidas. Em seguida, foi a vez de Pero Corrêa. Em outra carta, também de 1555, mas escrita em São Paulo, Anchieta relatou: "O irmão Pero Corrêa, vendo isto [a morte de João de Sousa], lhes começou a falar, e a resposta deles era flechadas [...], até que, não podendo mais sofrê-las, deixou o bordão que trazia e se pôs de joelhos, encomendando sua alma ao Senhor [...]." (³) Infere-se que a notícia da morte dos dois missionários tenha chegado a Nóbrega, Anchieta e aos demais jesuítas por boca dos outros integrantes da expedição, que conseguiram escapar. "

Fonte:ANCHIETA, Pe. Joseph de S.J. Cartas, Informações, Fragmentos Históricos e Sermões. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1933, p. 81 (Terra de Santa Cruz)


MUSEU HISTÓRTICO E ARQUEOLÓGICO



Museu Histórico e Arqueológico de Peruíbe, localizado na antiga Estação Ferroviária da cidade, O local foi totalmente reformado e reorganizado, e conta com aproximadamente 5000 peças arqueológicas de séculos, objetos domésticos históricos de culturas europeias, peças de sítios da Juréia, além de outros sítios da cidade e região.  Em sua maioria são peças de cerâmica indígena tupi, com decoração plástica e policromada. Há também objetos históricos domésticos e peças de sítios da Jureia, como sambaquis, além de outros sítios da cidade. A exposição permanente apresenta um panorama do processo de povoamento da região, desde os primeiros habitantes até a colonização portuguesa e a história recente.













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A LINHA SANTOS JUQUIÁ (SOROCABANA)




A Linha Santos-Juquiá, anteriormente conhecido como Ramal de Juquiá, é uma ferrovia paulista em bitola métrica, que liga o Porto de Santos, com a cidade de Juquiá, passando por Itanhaém e Peruíbe. Em 1986, foi construída pela Fepasa a Extensão Juquiá-Cajati, prolongando a linha em 70 km, passando por Registro e chegando a Cajati.




A Linha Santos-Juquiá foi construída pelos ingleses da Southern San Paulo Railway, entre 1913 e 1915. Em 17 de janeiro de 1914, a Southern San Paulo Railway Co. inaugurou a linha ferroviária de Santos a Conceição do Itanhaém, passando por São Vicente. Continuando sua expansão pelo litoral sul do estado de São Paulo, a Southern San Paulo Railway Co. concluiu o assentamento dos trilhos até Itanhaém, chegando a Peruíbe. Esse trecho foi de suma importância para a integração, transporte e desenvolvimento do litoral sul paulista, pois a região estava "separada" de Santos e da capital pelo Rio Itanhaém, e a ferrovia construiu uma ponte que melhorou dramaticamente a travessia do rio para os moradores, isolados. Após vencer um pequeno trecho de serra, por fim, a expansão chegou também a Juquiá.

O trem era o único meio de transporte para toda a região. Assim a produção de frutas (principalmente bananas) e madeiras era levada até o Porto de Santos, de onde poderia ser exportada ou seguir para Jundiaí, no planalto paulista, pelo trem da São Paulo Railway (SPR).

Em 1926, no Governo Washington Luis, a 'Southern San Paulo Railway' Co. foi comprada pelo Governo do Estado de São Paulo, estatizada e incorporada à Estrada de Ferro Sorocabana. Essa aquisição permitiu à Sorocabana a criação do ramal Samaritá a Mairinque que ligou, finalmente, em dezembro de 1937, o porto de Santos à cidade de São Paulo, quebrando o monopólio da São Paulo Railway no transporte de passageiros e cargas da capital e interior pra o Porto. O trecho entre Santos e o Jardim Samaritá, na área continental de São Vicente foi incorporado à Mairinque-Santos, que estava em início de construção no trecho da Serra do Mar, e o restante foi transformado no ramal de Juquiá. A partir daí, novas estações foram construídas.

A ferrovia chegou ao seu auge nas décadas de 1940 e 1950, quando circulava em suas linhas o Expresso Ouro Branco, um trem de passageiros moderno e luxuoso, ligando a Capital até Peruíbe. Porém, o descaso com que os governos estaduais e federais trataram as ferrovias nas décadas seguintes, em claro favorecimento ao transporte rodoviário, acabou fazer com que a linha se degradasse ano a ano. Em 1971 a Fepasa se tornou dona da linha, e em 15 de janeiro de 1977 interrompeu, pela primeira vez o Trem de passageiros para o Litoral Sul. Este porém, foi trazido de volta depois. Em 1981 prolongou-a até Cajati (Extensão Juquiá-Cajati), sua extensão máxima, para atender as fábricas de fertilizantes da região.

Na Década de 1990, o Governo estadual, através da CPTM, implantou o Trem Intra Metropolitano, ou TIM, um trem de subúrbio nos moldes do existente na Grande São Paulo, ligando a Estação Ana Costa, em Santos, até a estação Samaritá, na região continental de São Vicente. Mas, no fim da da década o governo estadual resolveu privatizar o transporte de cargas ferroviário, e a maior parte das linhas no estado, concedendo o uso da linha para a Ferroban em 1998. O transporte de passageiros entre Santos e Juquiá foi suspenso em 1997, depois de 84 anos, pois não interessou à Concessionária. A linha seguiu ativa para trens de carga que passavam quase diariamente, transportando enxofre do porto para Cajati, até o início de 2003, quando barreiras caíram sobre a linha na região do Vale do Ribeira. O transporte foi suspenso e a concessionária Ferroban desativou a linha, que o mato cobriu rapidamente. O TIM prosseguiu até 1999, quando também foi desativado apesar da demanda de passageiros continaur existindo.

A estação de Peruibe nos anos 1950. 

O trecho entre o Porto de Santos e Samaritá, que cortava Santos e São Vicente por dentro da área central, foi utilizado ainda após a desativação do trecho entre Samaritá e Cajati, sendo enfim desativado devido aos transtornos causados ao trânsito local, quando da passagem dos longos trens cargueiros. Ocorreu, por mais de uma vez, que vagões no fim da composição fossem, por vandalismo, desconectados do trem em movimento, durante a passagem por vias de tráfego intenso, como a Rodovia dos Imigrantes por exemplo, causando grande transtorno. O tráfego cargueiro foi desviado para o ramal que liga Paratinga, no pé da Serra, até Perequê, já em Cubatão.

Atualmente a linha encontra-se sob concessão da América Latina Logística e está abandonada, mas há estudos para reativa-la. Em abril de 2010, a ANTT publicou a Resolução nº 3505, a qual determina que a Concessionária América Latina Logística recupere a infra e superestrutura da via permanente do ramal, colocando a malha em condições, no mínimo, similares à de quando foi transferida na concessão, para que o ramal volte a ser utilizado. Caso o Ramal não volte a ser utilizado pra transporte, conforme o Contrato de Concessão exige, o Governo pode entender como quebrado o contrato e retomar o trecho da Concessionária. Em 30 de maio de 2014, o Ministério Público Federal entrou com uma Ação Civil Pública na Justiça Federal em Santos, pedindo o cumprimento das cláusulas contratuais da Concessão do trecho, com a reforma de toda a sua extensão e a volta da circulação dos trens de carga, alegando demanda estimada em 1,5 milhão de toneladas de cargas a serem transportadas na linha por ano.

Em 30 de janeiro de 2015, a Justiça Federal em Santos decidiu pela reforma e reativação da Linha, dando prazo de 90 dias à Concessionária para o cumprimento da sentença[1]. No dia 30 de setembro de 2015, a Concessionária ALL declarou publicamente que precisaria de 10 meses pra concluir estudos de viabilidade de Transporte de Cargas e de Transporte de Passageiros na Linha[6]; e depois, precisaria de mais 24 meses pra conclusão das obras e entrega da Linha plenamente ativa em toda sua extensão[6].

Porém, em 3 de agosto de 2018, durante uma longa crise econômica que vinha assolando o País e diminuindo verbas para investimentos, a Rumo Logística declaraou publicamente que estudos técnicos demonstraram que a reativação da Linha seria deficitária e causaria prejuízo. Assim, o representante da Rumo declarou que o Contrato de Concessão da Ferrovia seria quebrado trecho seria devolvido ao Governo Federal do Brasil.

Paralelamente, em 2017, no encontro de prefeitos no Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Vale do Ribeira e Litoral Sul (Codivar) foi proposta a reativação de 66 km de ferrovia entre Mongaguá e Pedro de Toledo, para implantação de Trem Turístico movido por uma Locomotiva antiga Maria Fumaça. Após a notícia da devolução do trecho ao Poder Público, as Prefeituras do Litoral Sul resolveram investir mais estruturadamente neste uso turístico para a Ferrovia.

Em 27 de maio de 2020, com a assinatura do contrato de prorrogação da concessão da Malha Paulista com a Rumo Logística até o ano 2058, o trecho entre Santos e Cajati foi retirado da concessão e devolvido inoperante ao Governo federal. (Wikipedia). 

Na Estrada de Ferro Sorocabana entre as décadas de 1940 e 1950, circulou  o EXPRESSO OURO BRANCO, um trem de passageiros moderno e luxuoso, ligando a Capital até Peruíbe. (Marcelo Diano)




Anúncio de loteamento destacando a facilidade de acesso ferroviário partindo de Santos.  







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USINA TERMELÉTRICA


Planta apresentada na Cetesb prevê usina e terminal offshore — Foto: G1



Cetesb diz ser 'inviável' instalação de usina termelétrica em Peruíbe, SP

Empresa responsável pelo empreendimento avalia o processo. 

Por G1 Santos -19/12/2017 

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) avaliou ser inviável a instalação de uma usina termelétrica e de um terminal offshore em Peruíbe, no litoral de São Paulo. A decisão foi publicada no Diário Oficial nesta terça-feira (19). A empresa responsável pelo empreendimento avalia o processo.

O Projeto Verde Atlântico Energia, de responsabilidade da Gastrading Comercializadora de Energias S/A, foi apresentado ainda em 2016 à autoridade ambiental paulista. Desde então, é alvo de críticas de moradores da cidade e de organizações ambientais, contrários à instalação do empreendimento.

Após análise, a Cetesb concluiu pela inviabilidade ambiental do projeto e indeferiu o pedido de Licença Ambiental Prévia. O pedido foi feito após apresentação do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) em Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente e Cubatão.

"Os técnicos também consideraram que foi ignorada a avaliação da compatibilidade com outros projetos existentes na região, além dos impactos da conexão do projeto com o sistema elétrico e a rede de gasodutos, bem como os impactos sociais, especialmente decorrentes da atração de mão de obra e na economia local", informou a Cetesb.


Grupos protestaram contra instalação da usina em Peruíbe, SP — Foto: Zé de Matos/Soul Peruíbe


A autoridade ambiental ainda disse que considerou a incompatibilidade do projeto com a legislação municipal de Peruíbe, declarada pela prefeitura, e a manifestação contrária do órgão ambiental municipal quanto à instalação do projeto na cidade. Além da manifestação de moradores em audiências públicas.

Por meio de nota, a SOS Mata Atlântica lembrou o caso que mobilizou as pessoas. "As manifestações da comunidade afetada pelos impactos da obra foram ouvidas. Esta é uma vitória da população de Peruíbe, uma região que é guardiã do maior refúgio de Mata Atlântica do país”, conclui o coordenador Beloyanis Monteiro.


PERUIBE UFOLÓGICA






O Encontro Ufológico de Peruíbe Conferência Internacional sobre Vida Extraterrestre da Jureia. O evento reflete o reconhecimento que aquela municipalidade tem quanto à realidade da presença alienígena na Terra e deriva da elevada incidência ufológica da cidade, que se desponta no cenário nacional como a Capital Brasileira dos Discos Voadores. Desde 2012, a Prefeitura Municipal de Peruíbe convoca a Revista UFO para realizar o evento, cujos conferencistas pertencem geralmente ao Conselho Editorial da publicação.

Prefeitura Municipal de Peruíbe pretende com o Encontro Ufológico de Peruíbe apresentar o que há de mais concreto sobre as diversas áreas que compõem a Ufologia, abordando os temas mais relevantes e atuais que afetam diretamente o entendimento que a sociedade precisa ter quanto à presença alienígena na Terra. Para isso, conta com a organização da Revista UFO e a participação de membros de seu Conselho Editorial como conferencistas escalados. Na edição de 2019 do Encontro Ufológico de Peruíbe será dado grande destaque à chamada Data Limite, uma previsão do famoso médium mineiro Chico Xavier.

Também vamos ter roteiros ufológicos pela cidade e vigílias monitoradas, teremos roteiro em todos os dias do evento para saber mais sobre acesse: roteiros ufológicos Peruíbe



Ufólogos acreditam que buraco em matagal foi feito em visita extraterrestre (Foto: Divulgação / Paulo Aníbal). Relatos de aparições estimularam a criação do projeto.

Peruíbe é a única cidade do Brasil com roteiro ufoturístico.


Anna Gabriela Ribeiro
Do G1 Santos  15 de julho de 2012



Belas praias, cachoeiras e trilhas pela Mata Atlântica são alguns dos atrativos procurados por turistas que pretendem viajar para outros lugares. Apesar de possuir todos esses requisitos, a cidade de Peruíbe, no litoral de São Paulo, tem investido no ufoturismo. A cidade é a única do Brasil a possuir um programa destinado a amantes da ufologia. Moradores, inclusive, garantem que a cidade é destino comum de naves alienígenas que já chegaram a abduzir moradores. Verdade ou mentira, Peruíbe conseguiu virar um dos destinos favoritos dos ufólogos.

A implantação do roteiro ocorreu no início de 2010. De acordo com o secretário de Turismo de Peruíbe, João Fioribelli Junior, o programa foi criado após um levantamento dos lugares com maior incidência de depoimentos de avistamentos. "Tendo em vista que na cidade existem diversos relatos de avistamentos ufológicos, e que acontece um evento anual com essa temática, achou-se interessante mapear os locais de maior incidência ufológica, atrelada a um roteiro turístico", explica o secretário.

O roteiro, que foi criado pelo ufólogo Paulo Aníbal, passa por oito pontos da cidade: a Pedra da Serpente, as praias de Guaraú e Barra do Una, a cachoeira Perequê, Ilha da Queimada Grande, Ruínas do Abarebebê, o bairro São José e o Costão de Peruíbe. Em cada um desses pontos há relatos de moradores que afirmam terem visto seres luminosos, óvnis ou luzes. Um desses relatos é contado pela aposentada Eugênia Garcia, que afirma ter visto cerca de 10 óvnis na praia de Peruibe. "Foi há cerca de sete anos. Eu estava caminhando na praia com a minha irmã, por volta das 18h. De repente avistamos cerca de 10 óvnis saindo de trás do morro. Não fiquei assustada, eles seguiram em outra direção", relata Eugênia.

O caso mais recente foi registrado em agosto de 2008, no bairro São José. Uma grande marca ovalada apareceu em uma área de matagal durante a manhã. Vizinhos da região afirmam que, na madrugada, os cachorros latiram e rosnaram muito, como se estivessem assustados com algo.

Com tantos relatos, além do ufoturismo, a cidade também sedia anualmente um encontro ufológico, que reúne aproximadamente 1000 pessoas de todo o país em palestras e debates sobre o tema. Para o ufólogo Paulo Aníbal, a criação deste roteiro foi necessária, pois, em 15 anos de pesquisa na região, centenas de casos de natureza ufológica foram constatados. "Os vários acontecimentos nos levaram a mapear estas ocorrências numa carta náutica, onde pontuamos os principais locais de avistamentos de ufos, inclusive possibilitando a determinação de rotas realizadas pelos tais Ufos. A partir deste mapeamento idealizamos o projeto de roteiro 'Ufoturismo'. Nele estão relacionados pelo menos sete pontos que seriam de grande interesse ufológico e que possibilitariam uma organizada visitação turística associada aos aspectos ecológicos, pois o turismo traz divisas e, além do mais, ajuda na divulgação das ocorrências de natureza ufológica", afirma Aníbal.

O ufólogo Ademar José Gevaerd esteve em Peruíbe por diversas vezes e, atualmente, organiza o congresso que acontece na cidade. Ele afirma que a população local é aberta a casos e que há relatos de pousos e contatos. "Para a ufologia brasileira, Peruíbe é considerada uma cidade de grande incidência ufológica. Por isso atrai pessoas do país inteiro. No último congresso estiveram presentes também pessoas de outros países, como Itália, Peru e Argentina. Quanto ao turismo destinado ao tema, eu acho muito importante para as pessoas verem que é algo sério. Nós ufólogos apoiamos", diz Gevaerd.





Publicado em 6 de julho de 2015

Peruíbe realizou a 10ª edição do tradicional Encontro Ufológico, que reuniu palestrantes, pesquisadores, ufólogos e interessados no assunto ufologia. Centenas de pessoas, muitas delas vindas de diferentes partes do País, estiveram no Auditório Afinidades, no bairro Três Marias, local onde aconteceu o evento na Cidade.

Ainda no sábado à noite, os amantes da ufologia foram à praia do Costão para a “vigília” e observação de possíveis aparições de óvnis e discos voadores nos céus do Município.

De acordo com o ufólogo e editor da revista UFO, Ademar José Gevaerd, Peruíbe é hoje a cidade mais importante da América Latina para se pesquisar os fenômenos extraterrestres. Segundo Gevaerd, foi pela área territorial da Cidade, no Morro do Itatins, que a Aeronáutica iniciou as investigações a respeito de objetos voadores não identificados (óvnis) no Brasil, na década de 60.

Entre os palestrantes, esteve Wallacy Albino, renomado pesquisador do assunto, que falou sobre os “68 Anos da Era Moderna da Ufologia”.

O Município é conhecido pelas citações em pesquisas de ufólogos, relatos de aparições, casos de abdução e ocorrências de fenômenos ufológicos, que ocorrem no mar, praias, e bairros, como o do Costão, e montanhas.

A realização do Encontro Ufológico é da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Turismo, e do Conselho Municipal de Turismo (Contur), com apoio da revista UFO e do Santos e Região Convention & Visitors Bureau (SRCV).

|Vigília e observação noturna na praia do Costão. 


MORADORA CITA POUSO DE 'AVIÃO' DE CINCO PATAS EM SP


Pesquisadores acreditam que fenômeno seja resultado do pouso de um Objeto Voador Não Identificado (OVNI). Caso aconteceu em Peruíbe, no litoral de São Paulo.

Por g1 Santos. 13/11/2021 


Pesquisadores investigam estranhas marcas na vegetação de um sítio deixadas por, supostamente, um Objeto Voador Não Identificado (OVNI) na zona rural de Peruíbe, no litoral de São Paulo. Moradores relataram terem visto uma luz em um terreno durante a madrugada, e encontraram a vegetação amassada em cinco pontos ao amanhecer. A prefeitura não tem informações sobre o caso.

Ao g1, neste sábado (13), o agente de turismo e entusiasta em ufologia Rodrigo Cipoloni, de 37 anos, disse que esteve no local nesta semana, acompanhado do ufólogo Saga Suseliton, de 45, para atender ao chamado dos moradores, que estariam assustados com a situação.

Rodrigo descreveu que, na vegetação de taboas (Typha domingensis), diversas áreas em um determinado perímetro circular pareciam ter sido "amassadas" do dia para a noite. Os pesquisadores acreditam que o fenômeno poderia, então, ter sido causado pelo peso de uma nave ao pousar naquela região.

Vegetação amanheceu amassada em formatos estranhos, segundo moradores de Peruíbe — Foto: Reprodução/Eco Trilhas Peruíbe



Peruíbe é apontada como a capital da ufologia no Brasil, segundo comenta Rodrigo. "É bem comum ouvirmos casos como esse", disse. "Ainda estamos levantando informações, mas parece que foi uma nave". O local não terá o endereço divulgado para preservar a privacidade dos moradores da região.

Os moradores relataram à dupla que viram fortes luzes vindas daquela área durante a madrugada. Conforme Rodrigo, uma moradora da casa próxima à vegetação foi além e relatou que viu um "avião de cinco patas" pousando no local. O fenômeno surgiu na madrugada do dia 31 de outubro.

Drones e suposto campo magnético

Ainda conforme o agente turístico, que tem um roteiro específico para fãs da ufologia, os pesquisadores levaram dois drones para fazer imagens da vegetação por cima, mas um dos equipamentos deu pane pouco depois de alçar voo e sumiu.

"O sensor dele dizia que estava a 3 metros, mas no controle remoto, dizia 1 metro de altitude", relata. "Deu uma pane e caiu". O equipamento desabou dentro de uma área alagada, e a dupla não conseguiu recuperá-lo.

O segundo equipamento quase deu o mesmo problema, mas eles conseguiram pegar o drone pouco antes de alcançar o chão e impediram maiores estragos. "Com certeza, tem algum campo magnético no local, que está interferindo na comunicação do drone", avaliou.

Procurada pelo g1, a Secretaria Municipal de Turismo informou, por nota, que os ufólogos procurados pela pasta para opinarem sobre o assunto alegaram que, pela avaliação feita, não acreditam se tratar de uma aparição de OVNI. O caso segue sendo investigado.








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