10/07/2019

MEMÓRIA DA POLÍTICA


CÂMARA DOS DEPUTADOS CELEBRA SÃO VICENTE

Vila de São Vicente. Ilustração de artigo da Câmara dos Deputados sobre a história da cidade. https://plenarinho.leg.br/index.php/2018/07/sao-vicente-berco-da-democracia/


Versão em cor realçada e geograficamente corrigida a partir do original do site da Câmara dos Deputados (plenarinho) de 2021


São Vicente, berço da democracia. Sabe qual foi a primeira cidade do Brasil ? Se você pensou em “São Vicente”, acertou. Esse município de São Paulo foi primeiro avistado e batizado pelos portugueses no ano de 1502, quando a expedição do navegador Gaspar Lemos esteve em terras brasileiras. É claro que, daí até tornar-se a cidade que é hoje, São Vicente passou por muita coisa.
No ano de 1530, o rei de Portugal, que na época era D. João III, organizou uma grande esquadra de 5 navios e cerca de 400 homens, liderados pelo capitão Martim Afonso de Sousa. A missão deles era vir até o Brasil e desempenhar uma série de tarefas, como descobrir minas de ouro e prata, expulsar os franceses que estavam em terras brasileiras e reconhecer a costa do País, para saber qual era de fato o território brasileiro, de acordo com o Tratado de Tordesilhas.
Mas esta não foi uma expedição fácil. Eles chegaram à Bahia e foram descendo pela costa. De acordo com documentos históricos, “Martim Afonso de Sousa enfrentou muitas tormentas”. Passou fome e atravessou tempestades. Foi só depois de muito esforço que chegaram a São Vicente, em 22 de janeiro de 1532.
A primeira vila. Naquele tempo, São Vicente já era um porto conhecido, marcado nos mapas rudimentares da época e mencionado em diversas cartas, o que indica que ali já havia habitantes. Mas esse povoado só adquiriu realmente importância quando foi doado a Martim Afonso de Sousa como capitania hereditária, em 10 de fevereiro de 1533. A doação foi efetivada pelo rei de Portugal, por meio de carta régia.
Foi assim que o povoado de São Vicente transformou-se em vila, mudança que só o rei poderia aprovar. E tem diferença? Muita! A vila podia ter juízes, câmaras e pelourinho. Além disso, era oficialmente reconhecida pela metrópole, ao contrário dos povoados, que eram simplesmente quaisquer lugares habitados.
Com essa mudança, São Vicente passou a integrar as Ordenações do Reino. Desde o Descobrimento, as primeiras vilas e cidades que foram sendo fundadas no Brasil faziam parte dessas Ordenações. Isto é, elas estavam sujeitas à mesma organização política que as cidades de Portugal. Além disso, as vilas deviam ter câmaras municipais formadas por funcionários, encarregados de administrar o local – o legal é que esses funcionários eram escolhidos pelo povo, por meio de votação!
Foi assim que a população de São Vicente pôde, de forma inédita no Brasil, escolher seus representantes, que eram os juízes, os vereadores, os procuradores, os tesoureiros, os almotacéis e os escrivães, que, reunidos, formavam um conselho que representava um papel importante na vida política do país. A primeira votação ocorreu no dia 22 de agosto de 1532. Estava em formação a primeira Câmara de Vereadores do Brasil.
Berço da Democracia
Esse acontecimento rendeu ao município grande importância. Não é à toa que São vicente pode ser conhecida hoje como o Berço da Democracia nas Américas ou como Célula Mater da Nacionalidade. Chique, né? E tem mais: já naquela época, havia uma espécie de código eleitoral que dizia como as eleições deviam ser feitas. O voto era secreto e não podia ser influenciado por poderosos ou autoridades: era proibido que os senhores feudais e as pessoas poderosas ficassem no local das eleições por muito tempo. Assim, todo mundo tinha mais liberdade para votar!
"plenarinho.leg.br - Câmara dos Deputados"


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FESTEJOS DOS 450 ANOS DA VILA DE SÃO VICENTE

Convite de 1982 para os festejos dos 450 anos da Fundação da Vila de Vicente. Nesse mesmo ano foi lançada a Poliantéia Vicentina, álbum histórico comemorativo do início oficial colonização portuguesa. Acervo da família do Arquiteto Camilo Thadeu, enviado pelo nosso colaborador memorial Luis Renato Thadeu Lima e neto de Camilo. A família residia na rua Expedicionários Vicentinos, onde hoje é o Bradesco. O convite foi assinado pelo presidente da Câmara, Raimundo dos Santos Oliveira. O evento também teve selo comemorativo dos Correios.



         A TAÇA DO MUNDO É NOSSA, COM O BRASILEIRO NÃO HÁ QUEM POSSA!!!



Cidade de Santos, sábado, 6 de março de 1971


ILUMINAÇÃO DA AVENIDA ANTÕNIO EMMERICH


















ELEIÇÕES GERAIS DO LEGISLATIVO  EM 1970





COMEMORAÇÕES CÍVICAS DE 1970





IRONIA AO REGIME MILITAR NA 1ª PÁGINA. Jornal santista do grupo Folha da Manhã tinha direção alinhada ao regime militar de direita, mas a redação era de esquerda e ironizava a pretensão popular do governo do General Médici.



ALINHAMENTO CÍVICO EMPRESARIAL.  Anúncio interno colorido e de página inteira no jornal Cidade de Santos com apoio das empresas regionais ao 7 de Setembro de 1970.



1970,O APOGEU DO REGIME CÍVICO MILITAR
Jornal Cidade de Santos.


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ELEIÇÕES DO SENADO E CONGRESSO  ESTADUAIS DE 1916





Os eleitores vicentinos deram 391 votos a Azevedo Júnior nas eleições de 1916 para o Congresso Estadual. Em Santos, Azevedo recebeu mais de 4 mil votos. Para o Senado Paulista, o mais votado pelos vicentinos foi o Cel. Lacerda Franco. O ex-presidente do estado, Jorge Tibiriçá, recebeu aqui  371 votos para o Senado. Nessa época o voto não era secreto e controlado pelos mesários. 
Fonte: A Notícia, Santos, 02 de fevereiro de 1916. Acervo: IHGS






PROPOSTA DE UNIFICAÇÃO POLÍTICO-TERRITORIAL DA BAIXADA SANTISTA



Ideia surgiu no Rotary Clube de Santos em 1970. O Gal. Bandeira, interventor da cidade considerou a proposta interessante e cobrou um estudo detalhado. O prefeito e o presidente da Câmara de São Vicente demonstram entusiasmo ao serem questionados sobre o assunto. Em edições posteriores alguns críticos se manifestaram contrário `ideia simplesmente perguntando : "Pra quê"?

O abandono da aldeia indígena de Peruíbe também foi destaque na primeira página da edição de 30 de julho, quinta-feira.







GABINETE DO PRFEITO CHARLES DANTAS FORBES




1952-1955. "O Prefeito Charles Alexander de Souza Dantas Forbes (de terno escuro, com as mãos postas na cadeira) em seu gabinete, entre funcionários e assessores. À mesa, minha mãe Walkiria Freixo Bexiga.". São Vicente de Outrora. Acervo: Maria Angélica Freixo Bexiga




MUDANÇA DO CENTRO POLÍTICO ADMINISTRATIVO




Jornal Cidade de Santos, 06 de julho de 1979



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Jornal "Cidade de Santos", 3 de agosto de 1970


Em pleno regime militar (governo do general Emílio Garrastazu  Médici), o vereador Oswaldo Marques (MDB, oposição consentida) propunha o impeachment do  prefeito Jonas Rodrigues (ARENA, governista). Cidade de Santos, 01 de agosto de 1970.






45 ANOS DO INTERCÂMBIO SÃO VICENTE- NAHA

O prefeito Koyu Iha e o deputado federal Dio Nomura recepcionando a comissão da cidade de Naha em 1978.   


São Vicente Naha! A comitiva de nossa cidade irmã japonesa, Naha, acaba de chegar na Prefeitura. "Damos as boas-vindas calorosas ao Sr. Satoru Chinen, Prefeito de Naha, Sr. Yoshitaka Nohara, Presidente da Câmara dos Vereadores, e Sr. Kenichiro Tanahara, Chefe do Grupo de Promoção de Intercâmbio de Paz"! Os dois municípios possuem relação de cidades irmãs desde 1978, quando foi sancionada a Lei Municipal de n.º 1784. O convênio entre as duas cidades busca contribuir para o desenvolvimento dos municípios e para a paz mundial por meio de intercâmbio cultural. Naha fica na costa da ilha principal de Okinawa e o foi o centro político e comercial do Reino de Ryukyu. É a maior cidade de Okinawa, lar de 60% dos moradores da ilha principal. Também possui o único sistema ferroviário público de Okinawa que fornece rota através da cidade para a antiga capital de Shuri. (PMSV23 de julho de 2023).



CIDADADE MONUMENTO DA PÁTRIA




29 de Março de 1965. O Marechal Castelo Branco, presidente da República, diante do então prefeito Charles Dantas Forbes e membros da comitiva vicentina, assina o decreto de elevação de São Vicente à "Cidade Monumento da História da Pátria", ato que provocou o reconhecimento oficial do título CÉLLULA MATER DA NACIONALIDADE. O memorial de reivindicação dos dois títulos foram de autoria do historiador santista Francisco Martins dos Santos, fundador dos Institutos Históricos de Santos e de São Vicente. Fonte: Poliantéia Vicentina.



Posse da mesa da Câmara Municipal em 1953. Presidente Antônio B. Capolupo. Discursando, o vereador Edmar Dias Bexiga. Presentes na cerimônia o prefeito Charles Dantas Forbes, ao centro, embaixo do brasão da Céllula Mater. Fonte: Poliantéia Vicentina. 1982


GETÚLIO VARGAS EM SÃO VICENTE. II Congresso de Munícipios, realizado no Ilha Porchat Clube em 1952. À esquerda do presidente da república, o prefeito Charles Dantas Forbes. O evento contou com a presença de inúmeras delegações municipais e foi registrado em filme pela Agência Nacional. O discurso de Vargas, sobre municipalismo, está registrado no site de Memória da Fundação Getulio Vargas e também no CALUNGAH (ver cronologia republicana 1952). Revista Manchete. Acervo Digital da Biblioteca Nacional.


CENTENÁRIO DE WASHINGTON LUIZ


Washington Luiz , ex-governador de São Paulo e ex-presidente do Brasil foi uma figura marcante na vida vicentina. Tinha um amplo círculo de amizades na cidade, frequentada pelo elite paulistana e do interior paulista Possuía casa de veraneio na orla que depois seria chamada Praia dos Milionários. Foi historiador e autor da História da Capitania de São Vicente. Nesta foto feita durante sua visita ao Forte Itaipu no final dos anos 1920, ele é o terceiro da direita para a esquerda.



EXECUTIVO E LEGISLATIVO REPUBLICANO














jornal cidade de Santos. 1970




O advogado e vereador Aberto Lopes discursando na Câmara Municipal em junho de 1970. Era representante do bairro Japui, local onde residiu durante décadas, próximo da Ponte Pênsil. Costumava ir à pé para sessões, cuja sede funcionava em um prédio na rua XV de Novembro (entre a Jacob Emmerich e 13 de Maio), juntamente com a Vara Judicial da Comarca.
Jornal Cidade de Santos.


Cidade de Santos, maio de 1970. 


jornal Cidade de Santos, 04 de fevereiro de 1970.


POLÍTICA NOS ANOS CHUMBO


Notícia do jornal Cidade de Santos, edição de 19 dezembro de 1967


LINCONL, ASSIS E CONWAY. A saída do interventor federal Lincoln Feliciano movimentou interesses no governo de São Vicente. A intenção presidente da câmara Álvaro Assis de assumir o cargo de interventor foi abortada pela nomeação do Te.Cel Jorge Conway como interventor estadual. Em Praia Grande o interventor federal Nicolau Paal foi substituído pelo interventor estadual Paulo Sandoval. A nomeação dos novos interventores foi feito pelo governador Abreu Sodré. Lembrando que esse momento foi antecedido pelas cassações do Prefeito Charles Alexander Dantas Forbes, o vice Jayme Pinheiro Guimarães e os vereadores Osvaldo dos Santos, Ricardo Gonçalves Rocha e Oswaldo Toschi, este último representante de Praia Grande e forte candidato ao cargo de primeiro prefeito da cidade após a emancipação. A cassação de Toschi teria sido uma manobra politica de Nicolau Paal, também pretendente ao cargo.

 

Autoridades civis e militares na posse do interventor estadual Jorge Conway Machado. 


Notícia do jornal Cidade de Santos. 20 de dezembro de 1967. 


OS PRIMEIROS  ATOS DO NOVO INTERVENTOR

 



 
Página do jornal Cidade de Santos, edição de 20 de dezembro de 1967. Hemeroteca da Biblioteca Nacional. 

ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 1968





SANTISTA GOVERNA SÃO VICENTE E VICENTINO GOVERNA SANTOS. Eleições de 15 de novembro de 1968. Em Santos venceu o vicentino Esmeraldo Tarquínio e aqui venceu um santista, Jonas Rodrigues. Em Praia Grande, recém emancipada, curiosamente venceu o voto em branco.

PS. Comentário no Face Book (São Vicente na Memória) do leitor Gustavo Sellera Godoy, observando um equívoco da reportagem: "Jonas nunca foi casado com Hilda. Foi com Laura Bessa Rodrigues!"
Jornal Cidade de Santos, 17/11/1968
Acervo: Hemeroteca Digital da BN





Reportagens de 25 e 30 de agosto de 1967. Acervo da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 


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Folheto de campanha nos anos 1930 e biografia no guia Conheça as ruas de sua Cidade, de 1978, organizado por Narciso Vidal de Carvalho.



CIDADÃOS VICENTINOS TITULADOS










A Câmara de São Vicente concedeu na noite de 28 de fevereiro, em sessão especial, o título de Cidadã Vicentina para a Professora Regina Cátia Spada Gornicki, Dirigente Regional de Ensino da SEDUC SP. A titulação foi proposta pelo vereador Dercinho Negão do Caminhão em reconhecimento aos serviços prestados aos municípios do litoral sul durante sua trajetória como educadora e gestora. Regina Spada teve sua base de formação em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, exercendo posteriormente os principais cargos da carreira educacional pública. O plenário da câmara estava praticamente ocupado por educadores, autoridades de diversos segmentos e também personalidades da política regional. Ela tem sob sua responsabilidade a orientação e funcionamento das escolas da rede estadual e privada de ensino em cinco municípios da região.

Uma lembrança especial: Regina é uma grande incentivadora do Programa Estação Amizade, para prevenção do suicídio de crianças e jovens.




A professora e ex-Conselheira Tutelar Cláudia Cruz entre filhas durante cerimônia oficial na qual recebeu o título de Cidadã Vicentina, concedido pela Câmara Municipal de São Vicente. O título foi uma proposição do vereador Jeferson Cezarolli.


O título de Cidadão é a mais alta honraria que uma cidade pode conceder aos que se destacam  entre os seus habitantes. É o coroamento e  troféu da Gentilidade.  Nele fica registrado na memória cívil o reconhecimento do valor e da potencialidade dos que sabem que pertencem e agregam valores, têm direitos e por isso assumem riscos e responsabilidade de mudar a realidade social dos que ainda não conseguiram sair da marginalidade e orbitar no centro da sociedade. A professora Claudia Cruz fez esse percurso , sabe como funciona essa trajetória e não se vangloria de ter vencido apenas por si. Sabe que é preciso cuidar da permanente e igual oferta de oportunidades. São Vicente é de todos e para todos, mesmo que as crenças e as politicas elitistas digam o contrário.  Parabéns,  Cidadã Claudia Cruz. Educadora e cidadã transformadora.  Você nos representa e nos orgulha de sermos calungas.  São Vicente de te estima e agradece!!! (Postagem da página São Vicente na Memória). 


LISTA HISTÓRICA DE  TITULADOS 

Fonte: Poliantéia Vicentina, 1982

General Francisco Higino Craveiro Lopes
Charles Alexander de Souza Dantas Forbes
Senador Auro Soares de Moura Andrade
Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco
Dr. Adhemar de Barros
Mansueto Pierotti
Dr. Carlos Aparecido Vasconcellos de Camargo
Comendador Luiz Beneditino Ferreira
Aurélio Pona
Deputado Athiê Jorge Coury
General Amaury Kruel
Comendador José Joaquim Sobral
Antônio Bueno Capolupo
Raul Vasques Rios
Martinho Albano Rodrigues Có
Dr. Alcides de Araújo
Carlos de Menezes Tavares
Giusfredo Santini
Monsenhor Geraldo Borowski
José Macia Filho (Pepe)
Manoel da Costa
Antônio Luiz Barreiro
José Cruz Leite
Edson Arantes do Nascimento (Pelé).

Acervo: São Vicente de Outrora.

José Macia Filho  (Pepe) e Edson Arantes do Nascimento (Pelé)


Governador Roberto Costa de Abreu Sodré
Governador Laudo Natel
Francisco Cândido Xavier
Dr. Luiz Eduardo Correa Dias
Dr. Hélio Pereira Pantaleão
Maria Guilhermina Martins Machado (D. Mimi)
Coronel Octávio Adauto Faria Cotrim
Dr. Marcelo Ribeiro Nogueira
Governador Paulo Egídio Martins
Jeremias da Silva
Dr. Antônio Carlos de Almeida Ribeiro.
Coronel Luiz Sebastião Malvásio
Arlindo Satyro da Silva
Ten.-Cel. Paulo Neves de Aquino
Octávio Dias
Tancredo Giangiulio
Dr. Sylvio Guerra
Odárcio de Oliveira Ducci.
Consulesa Dorothy Barham
Antônio Campos
Luiz Matos Presaras
Edgard da Silva Marques
Paulo Jorge Mansur
Dr. Paulo de Almeida Vinhas
Dr. Paulo José de Azevedo Bonavides


"Título de Cidadão de São Vicente 1988/89, ao meu amado pai, Paulo Bonavides, 
entregue por mim, em sessão solene". Acervo: Paulo Bonavides, guardado pela família em Campos do Jordão. 


Reverendo Elcias Alves de Melo
Prof. Antônio Borges da Fonseca
Oswaldo Marques
Dr. Farid Chahad
Dr. Mário Teixeira de Freitas Filho
Dr. Werner Brucha
Armindo Monteiro Batista
Ten. Luiz Ribeiro do Valle
Pastor Ney Angelo Pereira
Dr. Octávio Borba de Vasconcellos Filho

Saulo Tarso de Marques Mello
José Manuel Guerra
Eugênio Francisco Marques Cação
Padre Júlio Lopez Llarena
Irmã Maria Dolores Muniz Junquera
Dr. Mário Diegues
Prof. Carlos de Mendonça
Pastor Christóvam Fagundes
Dr. José Ricardo Tremura
Dr. Koyu lha
Eng. Aloysio Teles de Melo
Kotoku lha
Carlos Caldeira Filho
Eng. Jorge Bierrenbach Senra
Roberto Mário Santini
Alm. de Esquadra Júlio de Sá Bierrenbach
Felipe Garcia Júnior

CIDADÃOS EMÉRITOS

Dr. José M. de Magalhães Pessoas e Fragoso
Gal. Emílio Garrastazu Médici
Dr. José Hermano Saraiva
Dr. Luiz Gonzaga de Oliveira Gomes
Riosho Taira
Valmir Marques
 Professora Itália Scheps Araújo dos Santos

CIDADÃO BENEMÉRITO
José Meirelles

CIDADÃO HONORÁRIO
M. Nascimento Júnior

Agraciados com Cartão de Prata

DISTINÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO VICENTE 

À PRESTANTES CIDADÃOS


Antônio Martin
Dr. Adhemar de Barros Filho
Ariovaldo de Oliveira Rosa
Arthur Pinto Filho
Ministro Allison Paulinelli
Cel. Antônio Arison de Carvalho (Cmt. Base Aérea)
Coronel Antônio Erasmo Dias
Carlos Eduardo Lins da Silva
General Celso dos Santos Meyer Diniz Ferreira da Cruz
Gal. Fernando Guimarães de Cerqueira Lima
Prof. Herbert Levy
Capitão João Akui Jiro Hoshizume (Nadador C. R. Tumiaru)
Cel. José Eugênio Pinto (Cmt. 2.0 B.C).
PM. Júlio César Gomes
Luiz Antônio Ferreira
Kenhyti Takagoschi
Dr. Mário de Moraes Altenfelder e Silva
Marcos Lindinho Rodrigues Machado
Masashi Yumoto
Mário Belo
Dr. Nélson Gomes Teixeira
Nicomendes Pacheco Barros
Prof. Odair Pacheco Pedroso
Roberto Veiga Rocha (Bi-Campeão Infantil de Caratê da Baixada...)
Regina Maura de Lima Andrade
Ruriko Uesato - Profa. de Naha - Japão
Sebastião R. Marques
Sérgio Baccarat
Sumiko Matsuda - Profa. de Naha - Japão
Tancredo Giangiulio
Tetsuo Yumoto
Dr. Thomaz Pompeu Borges Magalhães
Valdete Leme (Nadadora do C. R. Tumiaru)
Capitão Whadi Augusto
Cesar Camargo Mariano
Jair Messias Bolsonaro

CÉSAR MARIANO VICENTINO 


A Câmara Municipal homenageou no último dia (15) o músico, maestro, compositor, arranjador e escrito, César Camargo Mariano com a entrega do Título de Cidadão Vicentino. Autor do Decreto-Legislativo, o presidente da Casa, vereador Pedro Gouvêa (PSB) foi o responsável pela entrega e saudação ao homenageado. “Este Legislativo tem orgulho de prestar esta singela homenagem a este sensacional artista”, enalteceu. Como curiosidade, César Camargo Mariano passou sua infância em São Vicente, mais precisamente na Rua Frei Gaspar, próximo a Prefeitura. Sua irmã caçula nasceu no Município. 
“César que morou em um sobrado na Rua Frei Gaspar, 452, onde passava o bonde; cuja irmã Maria Helena nasceu em São Vicente ; que estudou no Externato São Luís, e participou durante dois anos do coral infanto-juvenil do maestro Jesus de Azevedo Marques e foi agraciado pela primeira vez em sua vida com um prêmio do Rotary Club – em concurso organizado por essa entidade que também patrocinava o coral – como melhor solista infantil, revela-nos em sua narrativa, especialmente no capítulo Música em família, a influência que recebeu do choro e do samba, a música tradicional brasileira trazida pela família Moura. 
Ele conta em suas memórias que: 
"A primeira vez que Maurício apareceu lá em casa com seu violão, minha mãe lhe perguntou: 
- Você é parente do Mauricy Moura ? 
- É meu irmão – respondeu Maurício. 
- Não brinca! – exclamou, empolgada, minha mãe. 
Como boa ouvinte de rádio, ela conhecia e admirava Mauricy Moura. Era um dos maiores cantores de São Paulo, e seu gênero era a seresta, na mesma linha de Orlando Silva e Silvio Caldas. Aliás, a família Moura era a nobreza musical de Santos, assim como os Caymmi o são na Bahia. Eram um grande orgulho da cidade, e a casa deles, perto da Ponte Pênsil, que liga a ilha de São Vicente ao continente, tinha um enorme M incrustado na parede, como um escudo, acima da porta de entrada. Diante dessa casa, a população passava com um olhar de reverência". (Blogue Clube do Choro) 



Cidadão Vicentino. Cesar Camargo Mariano recebe o título das mãos do vereador Pedro Gouvêa

Em uma solenidade marcada pela emoção, o músico, maestro, compositor, arranjador e escritor, Cesar Camargo Mariano recebeu das mãos do vereador Pedro Gouvêa, o Titulo de Cidadão Vicentino. A sessão solene ocorreu na última quinta-feira (15/09) na Câmara Municipal e foi realizada através de uma indicação do vereador Pedro Gouvêa.

Abaixo, segue o discurso feito pelo Presidente da Câmara Municipal em homenagem ao Maestro Cesar Camargo Mariano.

"Estamos reunidos nesta noite para homenagear um outrora menino, de nome Cesar Camargo Mariano.
Esse menino viveu aqui em São Vicente, na sua infância, no sobrado de numero 475 da Rua Frei Gaspar, nos arredores da Prefeitura, exatamente em frente à antiga Companhia Telefônica e atual Banco do Brasil. Foi nesse sobrado que o destino proporcionou ao mundo o surgimento de um admirável músico, arranjador, compositor, maestro e mais recentemente escritor. Esse destino deixou na lembrança daquele garoto uma marca, forte o suficiente para que ele relate nos shows, em conversas informais e agora na sua biografia, seus momentos de juventude em São Vicente. Antes desta cidade homenageá-lo, Cesar Camargo já homenageava São Vicente, através de suas palavras e lembranças, pelos muitos palcos em que se apresentou. Hoje, data próxima de mais um aniversário do Maestro, queremos dividir essa comemoração dizendo-lhe de nossa gratidão. Exatamente em um dia 19 de setembro, Cesar Camargo Mariano, aos 13 anos, ganhou um presente muito especial, de seu pai.... seu primeiro piano. O piano ganho do pai foi um presente certo na hora certa. Quando voltava da escola, depois de almoçar e de fazer as tarefas, ficava ouvindo, fascinado, músicos como Waldir Azevedo, Jacob do Bandolim, Dino Sete Cordas, Canhoto com seu regional, Chiquinho do Acordeom, Fafá Lemos, Antonio Rago, Linda Batista e Dóris Monteiro, tocando e cantando. Era um aprendizado divertido e inesquecível. Tal hábito criou-lhe uma enorme percepção pela música, que quase causou uma tragédia, pois quando seu velho pai pediu para ele tocar, o que se seguiu foi que o garoto tocou como nunca, quase levando o pai a ter um colapso. Entusiasmado e contente, o pai definiu que o filho estudaria piano, e assim foi. Iniciou-se, então, com seu pai, professor de música, uma fase dedicada a aprender na teoria aquilo que fazia e ouvia de forma entusiástica e improvisada. Após meses de tentativas o pai disse que não tinha mais o que ensinar, que fosse para a vida.

Das lembranças dos primeiros passos musicais, dos bolos de banana que comia na casa de amigos aqui próximo, na Avenida Capitão Mor Aguiar e dos caminhos percorridos de bicicleta, o maestro também deve ter lembranças afetivas – são as melodias e os sons de São Vicente. A amizade e convivência com os irmãos Mauricy e Mauricio Moura foram fundamentais para sua iniciação musical.Os ensaios e encontros eram realizados na Avenida Capitão Mor Aguiar, número 81, com a família Moura (Mauricio,  Mauricy e Leco Mono), aqui hoje representados pela Noemed. Naquela época ele conheceu o músico Johnny Alf, e tiveram uma grande afinidade que os motivou à parceria. Pela grande amizade e carinho com a família de Cesar, Johnny passou a morar em sua casa e assim Cesar conheceu de perto os segredos do arranjo, da composição e da arte do cinema e do teatro.

Cesar seguiu, então, tocando de ouvido, formando grupos amadores instrumentais e vocais, até ser convidado pela TV Record de São Paulo para participar do programa "Passaporte para o Estrelato".
Sua virtuosidade se confirmou logo, pois nove meses depois de ter ganhado o piano, já foi convidado pela trombonista americana Melba Liston a participar de seu concerto em um Clube de Jazz do Rio de Janeiro. Em seguida, Cesar foi chamado para tocar, pela primeira vez, na rádio Globo do Rio, onde foi apresentado como "O menino-prodígio que toca jazz". Por conta disso foi contratado para fazer o “dublê” de Nat King Cole em comerciais ao vivo da TV Record. Para dar maior veracidade, Mariano tinha suas mãos e braços escurecidos.

Hoje, Cesar Camargo Mariano é um dos mais respeitados músicos brasileiros. Experiente no jazz e na bossa nova, consagrou-se também como arranjador e produtor nos anos 70, principalmente pelos trabalhos com Elis Regina. Atualmente morando nos Estados Unidos, Cesar continua produzindo artistas brasileiros e estrangeiros. Foi ganhador de 2 prêmios Grammy, 10 vezes ganhador do premio APCA, 3 vezes ganhador do Premio Sharp, entre outros nacionais e internacionais. Fez diversas composições para trilhas de filmes, teve participação nos mais importantes festivais de Jazz do planeta, fez apresentação no teatro Carnegie Hall de Nova York, atendendo um convite especial do guitarrista John Pizzarelli. Teve parcerias ou apresentações com Elis Regina, Wilson Simonal, João Bosco, Maria Bethania, Ivan Lins, Djavan, Nana Caymi e mais uma centena de artistas nacionais e internacionais que tornaram nosso homenageado um dos mais queridos e competentes artistas nos meios musicais. Agora ele é também parte de nosso orgulho, como Cidadão Vicentino. Recentemente o maestro esteve por aqui, apresentando-se para um auditório totalmente lotado do Sesc Santos, ao lado da orquestra vicentina Jazz Big Band, mantida pela Associação dos Artistas. Nesta sua vinda ao Brasil, Cesar está lançando o livro de memórias intitulado "Solo" onde relata histórias marcantes dos 50 anos de carreira, as dificuldades e conquistas de sua trajetória musical bem como cada momento da música brasileira desde o início da bossa nova. No livro há relatos dos bastidores da produção de discos clássicos como Elis & Tom e Falso Brilhante, bem como histórias divertidas com Chico Buarque, Toquinho e Simonal e momentos tensos vividos durante a Ditadura Militar. Os cinco filhos: Marcelo, João Marcelo, Pedro, Maria Rita e Luisa mais a companheira de toda uma vida, Flavia Camargo Mariano, agora terão que dividir a propriedade do Maestro com seus novos irmãos e amigos de São Vicente.

É por isso que a Câmara Municipal de São Vicente, a primeira das Américas, sente-se honrada em homenagear esse grande brasileiro e vicentino de coração, que é Cesar Camargo Mariano. Em nome da população de São Vicente, outorgamos o Título de Cidadão Vicentino.
Parabéns, Cidadão Vicentino: Cesar Camargo Mariano!


Na tribuna da Câmara: relato da infância e da amizade com o cantor Johny Alf em São Vicente.  

César Mariano  com pequenoss chorões vicentinos. Novo Milênio. 

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A DEMOLIÇÃO  DA VELHA CÂMARA E CADEIA  




Início do século XX , antiga Câmara Municipal, Cadeia Pública e Ambulatório Médico, no Largo Santo Antônio, atual Praça João Pessoa. 


Ao cobrar das autoridades uma solução para o estado de abandono da Casa de Câmara e Cadeia, a Sucursal de A Tribuna em São Vicente em 1913 tornou-se um grande incentivador do desaparecimento do prédio, o que explica também as causa e a mentalidade e modismo modernizante que destruiu um dos poucos patrimônios históricos que estavam preservados até aquele momento. O prédio seria demolido 15 anos depois para dar lugar ao mercado municipal.

 

Câmara e Cadeia no dia do anúncio da Proclamação da República. 

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O RÁPIDO E POLÊMICO GOVERNO DO PREFEITO ROBERTO ANDRAUS.



































O presidente da Câmara Luiz Antônio Pimenta e o prefeito Luiz Meireles, em 1929, durante a inauguração da nova sede do Poder Legislativo Municipal. Fonte: Poliantéia Vicentina.

Prefeito e vice de S. Vicente cassados por Castelo Branco


A cassação do mandato e dos direitos políticos do prefeito vicentino, sr. Charles Alexander de Souza Dantas Forbes, decorreu das graves irregularidades apuradas mediante investigação sumária realizada pelo Departamento Federal da Segurança Pública. O clichê fixa o momento em que, há algum tempo, o então chefe do Executivo de São Vicente adentrava o quartel do 2º Batalhão de Caçadores, para ser interrogado pelas autoridades federais. Foto publicada com a matéria. Fonte: Novo Milênio.


BRASÍLIA, 20 (UPI) - Após despacho de uma hora, com o ministro da Justiça, o presidente Castelo Branco assinou decretos cassando o mandato e suspendendo os direitos políticos das seguintes pessoas:
Domingos de Mendonça Neto, prefeito municipal de João Pessoa, Paraíba; Sérgio Fuentes, prefeito municipal de Livramento, Rio Grande do Sul; Charles Alexander Souza Dantas Forbes, prefeito de São Vicente, Estado de São Paulo; Jaime Pinheiro Guimarães, vice-prefeito de São Vicente, São Paulo; Ricardo Gonçalves Rocha, Osvaldo dos Santos e Osvaldo Toschi, vereadores em São Vicente, São Paulo.
Foram demitidos do serviço público José Rubens Marcondes de Moura, secretário do prefeito de São Vicente; José Carlos Rivero, chefe do setor de avaliação de "inter vivos" da Prefeitura de São Vicente; José Carlos Gonçalves Nascimento, lançador da Prefeitura Municipal de São Vicente.
Os atos presidenciais foram baseados no art. 15 do Ato Institucional número dois e seus parágrafos e no art. 14 e seu parágrafo único do AI-2.
Repercussão - O ato do presidente da República repercutiu intensamente em toda a Baixada Santista, onde aliás o fato era esperado em face do que se sabia em torno da investigação sumária, recentemente levada a efeito na "Cellula Mater" pelo governo federal.
Em São Vicente também era esperado esse desfecho, que a população aliás achava estar demorando em demasia, dando ensejo, essa demora, a generalizada inquietação. O povo tinha conhecimento das irregularidades largamente praticadas na Prefeitura e na Câmara pelos elementos cassados e demitidos, e não acreditava pudessem esses fatos, depois de rigorosamente apurados, ficar sem punição.
Mesmo sendo aguardadas, as cassações constituíram forte impacto, quando as notícias a respeito começaram a circular, à tarde, divulgadas sobretudo pelas estações de rádio. Durante certo tempo, foi como se a cidade toda entrasse numa espécie de "recesso", explodindo, logo a seguir, os comentários em todos os locais de trabalho e nas esquinas. O ato do marechal Castelo Branco provocou, de um modo geral, sensação de alívio nos munícipes, sendo a medida recebida, pela maior parte da população, com contentamento.
Os descrentes - Não obstante fosse esperada como conseqüência lógica dos fatos que vinham ocorrendo em São Vicente desde a instauração do governo do sr. Charles Dantas Forbes, a medida drástica da presidência da República não convenceu desde logo certos setores políticos, que se recusavam a dar crédito às notícias. Estas, porém, foram reiteradas seguidamente, e ao cair da noite já não havia dúvidas, mesmo nesses setores, de sua autenticidade.
A expectativa - Conhecida a cassação dos mandatos e dos direitos políticos, por dez anos, do prefeito Forbes, do vice-prefeito Jaime Pinheiro Guimarães, dos vereadores Osvaldo dos Santos, Ricardo Gonçalves Rocha e Osvaldo Toschi, e dos funcionários José Carlos Rivero e José Gonçalves Nascimento, bem como do secretário Marcondes de Moura, a população manteve-se atenta às notícias, na expectativa do decreto de intervenção federal e conseqüente nomeação do interventor.
Algumas emissoras de Santos e da capital chegaram a divulgar que o marechal Castelo Branco havia nomeado interventor o diretor do Departamento Jurídico da Prefeitura, o qual tomaria posse no dia de amanhã. Essas notícias, contudo, não tinham cunho oficial, permanecendo a expectativa até ao anoitecer.
Paradeiro desconhecido - O ex-prefeito Forbes e as demais pessoas que tiveram seus direitos e mandatos cassados não foram vistas na cidade, desde as primeiras horas, acreditando-se que tenham se retirado do território do município, por precaução.
Fato curioso foi notado em relação ao sr. José Campos, presidente da Câmara Municipal de São Vicente, que, indiferente à iminência das cassações constantemente anunciadas, ausentou-se desde cedo da cidade, rumando para São Paulo. Os edis Nicolino Simone Filho, Edmar Dias Bexiga, Álvaro Assis e vários outros mantiveram-se atentos aos fatos durante todo o decorrer da tarde, não tendo porém o presidente da Câmara, ausente, participado dos encontros efetuados com a preocupação de evitar que a Prefeitura permanecesse acéfala. A ausência do sr. José Campos impossibilitaria, inclusive, fosse ele empossado, ainda que provisoriamente, na chefia da Municipalidade, até a nomeação de interventor pelo governo federal.
Na prefeitura - Na Prefeitura Municipal, entretanto, o expediente transcorreu normalmente, não obstante haver uma visível inquietação nos espíritos. Os vários departamentos municipais desenvolveram seus trabalhos como de costume, não encontrando a reportagem a paralisação dos serviços, como a princípio se imaginou que pudesse acontecer.
O expediente, no Paço, processou-se, pois, normalmente, desde o meio-dia até as 18,30 horas, dando a impressão de que o prefeito Charles Forbes não fazia nenhuma falta.
Nomeado o interventor federal - BRASÍLIA, 20 (Especial) - Ao despachar com o ministro da Justiça, o presidente da República nomeou o sr. Lincoln Feliciano da Silva para interventor no Município paulista de São Vicente, em face da cassação dos direitos políticos do prefeito daquela cidade.
Decepção - Auscultando a opinião pública, constatou a reportagem de A Tribuna que a nomeação do sr. Lincoln Feliciano constituiu uma decepção, pois várias eram as hipóteses formuladas, mas nenhuma considerava a possibilidade de vir a ser o sr. Dantas Forbes sucedido pelo velho político santista.
Investidura - Apuramos em fontes não oficiais que a investidura do interventor federal em São Vicente deverá ocorrer somente na próxima segunda-feira, em Brasília, perante o ministro da Justiça, sr. Mem de Sá.
Ao encerrarmos este noticiário, vários edis procuravam encontrar uma solução capaz de impedir que a Prefeitura permaneça acéfala até a posse do interventor.



O povo, que conhecia a situação dominante em São Vicente, onde as irregularidades mais graves eram praticadas sem reservas, esperava, confiante na Revolução, que o governo da Repúbica tomasse providências enérgicas. Isso aconteceu finalmente ontem, e todos quiseram tomar conhecimento pormenorizado das primeiras notícias do expurgo. Foto publicada com a matéria

O PREFEITO HOLANDÊS



Curiosa pesquisa sobre o ex- prefeito João Francisco Bensdorp, nascido em Amsterdã em 1878 e imigrado para o Brasil com o pai Pieter Bensdorp. Era filho de Sofia Helena Van Deene. O pai era carpinteiro e o filho engenheiro, segundo as anotações de documentos de registro de nascimento. Seu nome era uma homengem ao avô Johannes Franciscus Bensdorp. João Francisco Bensdorp veio residir em São Vicente e aqui casou-se com a jovem vicentina Maria das Dores, uma das fundadoras do Hospital São José. João Francisco governou São Vicente por três mandatos sucessivos (12 anos), entre 1917 e 1928. Sua naturalização ocorreu em 1933. Em uma de suas administrações deu início à construção da avenida Presidente Wilson, definindo seu traçado e colocando os meio-fios. Também no seu mandato foi responsavél pela ornamentação e pavimentação da avenida que levaria mais tarde o nome Getúlio Vargas, contornando o Morro dos Barbosas até a Ponte Pênsil. Bensdorp faleceu em 1965, no Hospital Sâo José, aos 84 anos.
Comentário de José Roberto Frutuoso, vicentino que reside atualmente em Praia Grande, na página SV na Memória: "Fez o loteamento da Vila Pedro Duarte que é a avenida Mota Lima. lembro desse senhor na década de 50 bem velhinho ir receber as prestações do terreno do meu pai onde já morávamos num chalé. tenho a caderneta com as assinaturas dele.
Pesquisa documental do genealogista Waldiney La Petina. Fonte: Arquivo Nacional , Rio de Janeiro. Departamento de Estrageiros



A FITA, 1914. A revista santista publica na sua edição de janeiro a lista e retratos dos membros da nova administração municipal de Santos. Destacamos duas figuras políticas com grande afinidade com a nossa cidade: o comendador João M. Alfaya Rodrigues, proprietário da Ilha Porchat. E o dr. José Monteiro, futuro prefeito de São Vicente.

Secretários e funcionários comemorando o 2º aniversário da administração do prefeito Rodolpho Mikulash, em 1940. Ornamentando o gabinete, a decoração-padrão do Estado Novo, com a bandeira do Brasil ao centro ladeada pelos retratos do presidente Getúlio Vargas e o então interventor paulista Ademar de Barros. Na época era proibido usar as bandeiras dos estados, que haviam sido queimadas em cerimônia pública diante da bandeira nacional. Era uma forma de enfrentar os regionalismos separatistas e ideologias "estranhas" (comunismo, anarquismo e nazi-fascismo) ao povo brasileiro. As ideologias rejeitadas pelo governo federal existiam na AIB e ANL, forças de esquerda e direita que polarizavam o Brasil naquele contexto, tendo tido a Intentona Comunista em 1935 e um movimento de golpe de Estado integralista. As tentativas de golpe foram contidas pela ditadura imposta por Vargas em 1937.
Imagem: Revista Flama. Santos, edição de Janeiro. Arquivo digital da FAMS.



A revista santista a FITA, de 1914, felicitava o aniversário do vereador vicentino Eduardo Araújo dos Santos, que teve três mandatos sucessivos na Câmara Municipal, conforme essas datas e seus respectivos pares. 1914 - Coronel Evaristo Machado Netto - Salvador Leal - Theotônio Gonçalves Corvello - Capitão Antão Alves de Moura - Alberto Martins de Oliveira - Eduardo Araújo dos Santos - Coronel Francisco de Souza Júnior . 1915 - Francisco Antônio de Souza Júnior - Salvador Leal - Antão Alves de Moura - Alberto Martins de Oliveira - Theotônio Gonçalves Corvello - Eduardo Araújo dos Santos . 1916 - Francisco Antônio de Souza Júnior - Salvador Leal - Antão Alves de Moura - Alberto Martins de Oliveira - Manoel Freire de Carvalho - Eduardo Araújo dos Santos


2020. OS 40 ANOS DA RENÚNCIA DE KOYU IHA. O prefeito não concordava com a prorrogação do mandato por mais dois anos. Dos 3794 prefeitos que havia no Brasil de 1980, apenas Koyu Iha e o então prefeito de Ubatuba, José Nélio de Carvalho recusaram a prorrogação de seus mandatos. Koyu foi sucedido por Sebastião Ribeiro da Silva. O vice-prefeito Antônio Fernando dos Reis, que aparece ao lado de Koyu e terminou seu mandato, voltaria governar a cidade em 1989 até 1992.


Publicação: Baixada na Rede com imagens de matéria publicada na edição de 3/2/1981 do jornal A Tribuna.
























FORÇAS OCULTAS HÁ 60 ANOS.


O Carnaval solitário do presidente Jánio Quadros em São Vicente em fevereiro de 1961. Hospedado num apartamento no Boa Vista, Jânio caminhou pela avenida que leva até a Ilha Porchat. O presidente já estava preocupado com o seu futuro político. Meses mais tarde ele renunciou ao mandato que conquistou com milhões de votos das classes populares que viam nele o fim da corrupção e dos desmandos no Brasil. Jânio daria uma explicação bem clara - embora vaga para muitos -ao seu gesto inesperado: "Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam, até com a desculpa de colaboração".
Revista O Cruzeiro. Acervo digital da Biblioteca Nacional.
O PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS EM SÃO VICENTE
O presidente Getúlio Vargas participa em São Vicente da abertura do Segundo Congresso dos Municípios Brasileiros. O evento foi realizado no Ilha Porchat Club.

O presidente Vargas com vereadores de Cubatão e o governador Lucas Garcez durante o congresso em São Vicente.

DISCURSO PRONUNCIADO PELO PRESIDENTE GETULIO VARGAS NA INSTALAÇÃO DO SEGUNDO CONGRESSO DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS, NA CIDADE DE SÃO VICENTE, NO ESTADO DE SÃO SÃO PAULO -12-10-1952


O VERDADEIRO SENTIDO DA POLÍTICA MUNICIPALISTA


“Foi singularmente feliz a escolha da cidade de São Vicente para a realização deste Segundo Congresso dos Municípios Brasileiros, que congrega para um exame dos problemas comuns os representantes dessas unidades políticas municipais em cujo seio repercutem e em cuja alçada recaem as questões de interesse mais imediato para o conforto, a segurança e o bem estar dos cidadãos. Foi, com efeito, neste litoral paulista que se firmou o primeiro estabelecimento civilizado em nosso país, e nesta terra brotaram as primeiras sementes desse espírito cívico e dessa forte noção de solidariedade comunal que animou com vitalidade tão notável a nossa história colonial, e que se reflete na robustez com que o princípio da autonomia dos municípios se projetou em nosso sistema jurídico”.
“O município é a força modeladora da vida política bem como da vida econômica do país. As liberdades municipais são a base da democracia, pois é no âmbito do município que o cidadão exerce o direito do voto que lhe permite escolher os mandatários a quem confia os seus interesses. A prosperidade da economia municipal, por outro lado, é ao mesmo tempo um índice fiel e um seguro esteio do desenvolvimento nacional” (...) (Biblioteca da Presidência da República)

A PRIMEIRA MULHER NA CÂMARA MUNICIPAL

Angelina Pretti da Silva, foi a primeira mulher na Câmara Municipal de São Vicente. Exerceu oito mandatos sucessivos como vereadora, marcando um recorde de pleitos vitoriosos e de 26 anos permanência no Poder Legislativo Vicentino.

" Prefeito e vereadores na posse de 1956: Alberto Lopes dos Santos, Antonio Bueno Capoluso, D. Angelina Pretti da Silva, Antonio Conceição Filho, Cremiro Azevedo, Carlos Menezes Tavares, Jaime Pinheiro Guimarães, José Rosindo Filho, João Camilo Ferreira, José Gomes Henriques, Lourival Moreira do Amaral, Nelson Parente, Nicolino Simone Filho, Oswaldo Marques, Oswaldo Toschi, Rafael Faro Politi e Raul Vasques Rios. O prefeito Luiz Beneditino Ferreira (o quinto da direita para a esquerda na fila debaixo) e o vice-prefeito o Coronel Justiniano de Vasconcelos Passos (não se encontra na foto) "
Fonte: Jornal Vicentino


O reconhecimento da sua atuação histórica está na rodovia/avenida que leva o seu nome e liga a área insular e a área continental de São Vicente. Em 1989, quando o mundo e o Brasil celebravam o Dia Internacional de Mulher, a vereadora foi homenageada na Câmara ao lado de mais três celebridades femininas de São Vicente, porém, em nenhum trecho da matéria jornalística que cobriu a cerimônia (não sabemos dos discursos), se referiu à ela como figura feminina pioneira na política vicentina.
Angelina era moradora do bairro do Catiapoã. Iniciou sua carreira social e política como voluntária da Santa Casa de Santos. Foi ativista da Revolução Constitucionalista de 1932, movimento que comoveu e arregimentou milhares de cidadãos paulistas contrários ao então governo provisório do presidente Getúlio Vargas. Em São Vicente, como indica os dados da matéria de A Tribuna, Dona Angelina atuou na proteção e assistência aos favelados da comunidade Sá Catarina de Morais, na implantação de várias escolas públicas nos bairros periféricos, na melhoria de entidades desportivas e na defesa dos ferroviários e moradores da Vila Sorocabana e no seu bairro de origem.
Entre os anos 1950 e 1980 os núcleos de habitações populares se concentravam basicamente nos dois extremos da parte vicentina da Ilha São Vicente: de uma lado a Vila Margarida e a Esplanada dos Barreiros; e no outro – na divisa com Santos - o Jockey, Beira Mar, Vila Mateo Bei, Jardim Nosso Lar, Vila Fátima, Jardim Vassoras, Favela de Santo Antônio e os diques dos rios Caixeta, Piçarro e Sambaiatuba. A área continental era praticamente desabitada. A maioria desses núcleos insulares era fruto de invsaões e loteamentos irregulares, na época já denunciados pelo jornais da região.
No seu primeiro mandato entre 1956 e 1960 Angelina Pretti atuou na Câmara ao lado dos seguintes vereadores: Dr. Alberto Lopes dos Santos (também legislador em vários mandatos e morador do Japui) - Antônio Bueno Capolupo - Antônio Conceição Filho - Carlos Menezes Tavares - Cremiro Azevedo - Jayme Pinheiro Guimarães - João Camillo Alves Ferreira - José Gomes Henriques - José Rosindo dos Santos Filho - Lourival Moreira do Amaral - Nelson Parente - Nicolino Simone Filho - Oswaldo Marques - Raul Vasques Rios e Rafael Faro Politi.

A edição de 15 outubro de 1989 de A Tribuna noticia concessão de títulos de Cidadania Vicentina a quatro mulheres que se se destacaram na histíria de São Vicente. Entre elas Angelina Pretti da Silva.


No segundo mandato de Angelina Pretti da Silva surge na Câmara os primeiros embates pela emancipação de Praia Grande, tendo como principal defensor o vereador Oswaldo Toschi. Nesse período de conflitos entre os interesses da ilha e os interesses do continente vicentino também foi eleito (e depois renunciou) o vereador Tude Bastos, cujo nome identifica uma conhecida vila e terminal rodoviário em Praia Grande. Tude Bastos atuava com advogado na capital paulista e era proprietário de terras no lado oeste do bairro Sítio Campo, empreendeu o loteamento que leva o seu nome. Na época desses conflitos emancipatórios o prefeito Jonas Rodrigues cumpria sua função defensiva por vias judiciais; e na Assembleia Legislativa do estado, o deputado Olavo Horneux de Moura liderava o movimento contrário à emancipação, lutando para preservar a Praia Grande como patrimônio territorial vicentino. Defendiam a Praia Grande os deputados estaduais Hilário Torloni e Osvaldo Massei; e na esfera federal, o deputado Ítalo Fittipaldi. São Vicente tinha como defensores federais os deputados Athié Jorge Coury e Antonio Ezequiel Feliciano da Silva. Em 1963 os praia-grandenses conquistam a primeira batalha dessa longa e gradual guerra jurídica e politica, obtendo a emancipação do Distrito de Solemar (pioneiros do movimento) e o status de subdistrito do Boqueirão. No mesmo ano conquistam o direito de plebiscito, concedido pelo juiz da Comarca de São Vicente, Dr. Octávio Ruiz. Votaram a favor, 680; contra, 10 votos; em branco, 2; votos nulos, 15 - total dos eleitores, 707.
Entre 1964 e 1968 Angelina Pretti testemunha com seus colegas de Câmara e cidadãos vicentinos a implantação do Regime Militar no Brasil, um período de suspensão da democracia através das cassações de mandatos e a gestão de interventores na cidade. São cassados por decreto do Marechal Castelo Branco (chamado de ato revolucionário) os mandatos e direitos políticos, por dez anos, do prefeito Charles Dantas Forbes, do vice-prefeito Jaime Pinheiro Guimarães, dos vereadores Osvaldo dos Santos, Ricardo Gonçalves Rocha, Osvaldo Toschi; e dos funcionários José Carlos Rivero e José Gonçalves Nascimento, bem como do secretário Marcondes de Moura. Ao despachar com o ministro da Justiça, Mem de Sá, o presidente da República nomeou o sr. Lincoln Feliciano da Silva, antigo político santista, para interventor federal no município. Em 1967 São Vicente teria um outro interventor, agora estadual, o Tenente-coronel Jorge Conway Machado, sucedido por prefeitos nomeados pelos governadores Laudo Natel e Franco Montoro. O regime militar duraria até 1985.

DITADURA DE VARGAS SUPRIMIU O PODER LEGISLATIVO


Com a implantação do Estado Novo e da Constituição de 1937, Getúlio Vargas elimina o Poder Legislativo em todas as instâncias. São fechados o Senado e Câmara dos Deputados, as Assembléias Legislativas e também as Câmaras Municipais. Essas medidas conservadoras , que viam as Casas de Leis como impecílio aos planos governamentais, tiveram apoio de muitos senadores, deputados federais e estaduais; e também vereadores, todos com mandatos cassados, porém favoráveis à novo regime ditatorial, obviamente vislumbrando cargos no novo governo, incluindo nomeação de governadores e prefeitos, que se prolongaria até 1945. A situação só se normalizou quando foi promulgada a Constituição de 1946, como perfil mais plural e democrático.
Nesse período os prefeitos de São Vicente, todos nomeados, foram:
Dr. José Monteiro, 10/4/1931 a 19/5/1938 - 1/1/1948 a 31/12/1951
Rodolpho Mikulasch, 19/5/1938 a 31/7/1941
Oswaldo Russomano 31/7/1941 a 2/8/1941
Polydoro de Oliveira Bittencourt, 2/8/1941 a 1945
Dr. Lino Vieira, 27/11/1945 a 25/3/1947
Os últimos mandatários da Câmara Municipal antes do golpe do Estado Novo foram:
Alberico Robillard de Marigny ; Dr. Alcides de Araújo, Agostinho Pereira Pinto Júnior; Raul de Souza Dantas; Dr. José Meirelles Júnior; Rodrigo Peres do Rio Filho; Tiago de Castro Bicudo; João Lima; Jayme Hourneaux de Moura;- Walter Amaral; e Leopoldo Bernardo Augusto Teuber. (Org)

OLAVO HORNEUX DE MOURA



VULTOS DE NOSSA HISTÓRIA - Olavo Hourneaux de Moura nasceu em São Vicente, Estado de São Paulo, em 17 de abril de 1917, era filho de Anthero Alves de Moura e de Isabel Hourneaux de Moura.
Após os estudos regulamentares, em sua cidade, formou-se em medicina. Tendo realizado curso de especialização no Hospital St. Louis, de Paris, França. Como médico, foi funcionário do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e proprietário da antiga Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora das Graças.
Em 7 de outubro de 1962, concorreu pelo Partido Democrata Cristão (PDC) a uma cadeira de deputado estadual, obtendo 8.655 votos. Ficou como suplente da bancada de seu partido e assumiu o mandato parlamentar em diversas oportunidades na 5ª Legislatura de 1963-1967. Com o fim do pluripartidarismo, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar que havia tomado o poder pelo movimento revolucionário de 1964.
Olavo Hourneaux de Moura foi presidente municipal do MDB de São Vicente. Nas eleições de 15 de novembro de 1966, foi reeleito para a 6ª Legislatura de 1967-1971, com 9.474 votos, pelo MDB, assumindo sua cadeira em 12 de março de 1967. Nesse período fez parte das comissões permanentes da Assembleia Legislativa como membro efetivo nas de Assistência Social, e na de Cultura, Esportes e Turismo, e suplente nas de Saúde e Higiene e de Educação e Cultura.
Integrou também, em 1967, a Comissão Especial que procedeu a reforma do Regimento Interno da Assembleia.Em 25 de janeiro de 1968, o deputado Olavo Hourneaux de Moura participou das solenidades de transferência da sede da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo do Parque D. Pedro, situada no velho prédio do Palácio das Indústrias, para a nova sede do Palácio 9 de Julho, no Parque do Ibirapuera. O deputado Olavo Hourneaux de Moura foi também testemunha do fechamento da Assembleia Paulista pelo Ato Institucional nº 5, de 13/12/1968. A Assembleia permaneceu em recesso pelo regime militar de 7/2/69 a 31/5/70. Nesse período, foram cassados pelo AI-5 , 25 deputados estaduais, que tiveram também seus direitos políticos suspensos por dez anos.
Disputou, em 15 de novembro de 1970, sua reeleição à Assembleia Legislativa paulista, pelo MDB, ficando mais uma vez como suplente, com 11.831 votos. Mas não assumiu novamente a cadeira, por ter renunciado à suplência em oficio encaminhado ao presidente da Casa, em 12 de junho de 1973.
Foi também fundador do Esporte Clube Beira Mar, de São Vicente, em 9 de fevereiro de 1938, entidade esportiva atuante até os nossos dias. Era viúvo de Ivaneide Mendes Guimarães de Moura e deixou oito filhos, Márcia, Olavo, Fernando Antonio, Fábio, Ricardo, Maria de Fátima, Marcelo e Eduardo, treze netos, e cinco bisnetos. (Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente)



MÁRIO COVAS E MÁRCIO FRANÇA NO MÉXICO 70




"Revirando os arquivos, encontrei essa foto tirada em 2001. Mesmo muito debilitado, meu pai fez questão de visitar a recém-urbanizada favela do México 70, em São Vicente, junto com o então prefeito da cidade, Márcio França. A obra foi a "menina dos olhos" do meu pai porque tirou as mais de 50 mil pessoas do mangue e lhes deu condições dignas de moradia. Essa imagem eterniza a amizade e a parceria que os dois sempre tiveram". (Mário Covas Neto)
Nota do CALUNGAH : a imagem é de autoria do fotógrafo vicentino João Vieira.


Reportagem de A Tribuna, em 2008, com o fotógrafo João Vieira, falecido em 23 de dezembro de 2019.


João Vieira registrou como fotojornalista grandes momentos da história política da região. Presidentes, governadores e prefeitos foram alvos da sua lente sempre atenta para as melhores cenas. Essa imagem colorida acima é de 2001 quando o governador Mário Covas inaugurou o núcleo habitacional do México 70. Covas também escolheu São Vicente como sede de governo, em homenagem aos 500 anos do descobrimento do Brasil. O corpo de João Vieira está sendo velado no Cemitério da OSAN.
Foto: acervo de Danilo Fernando (neto de João).



Licenciado, Covas visita obras no interior e no litoral


São Paulo, quarta-feira, 24 de janeiro de 2001


FOLHA DE SÃO PAULO- DA REPORTAGEM LOCAL
Foto: João Vieira, de A Tribuna.
Um dia depois de ter se afastado do cargo por tempo indeterminado para tratamento de saúde, o governador licenciado Mário Covas (PSDB), 70, visitou ontem uma cidade do interior e outra do litoral do Estado para cumprir parte da agenda cancelada na semana passada depois de sua internação no Incor.
Segundo Covas, a decisão de comparecer a São Vicente (67 km da capital) e a Itapecerica da Serra (33 km de São Paulo) foi tomada ainda na madrugada de anteontem, sua última no hospital, após quatro dias de internação.
"Resolvi telefonar para o pessoal para dizer: "Amanhã (ontem) vou fazer o que não fiz ontem (semana passada)"", declarou, rindo.
Ainda estavam previstas passagens por Suzano e Pirapora do Bom Jesus, ambas canceladas devido ao mau tempo.
""A gente vai tocando para a frente. Na hora em que cair, cai. Não sou maluco. Conheço a minha força. Se eu passar do limite, eu paro. Ninguém quer se suicidar. Tento cumprir aquilo que posso. Enquanto tiver força para fazer, a gente vai fazendo", completou, ao visitar a favela México 70, reurbanizada por uma parceria entre o governo estadual e a Prefeitura de São Vicente.
A visita à cidade estava inicialmente marcada para a última sexta-feira e teve de ser cancelada depois que Covas foi internado no Incor um dia antes, após ter se ferido em uma queda no banheiro.
""Foi muito bom poder ter vindo. Me dá um estímulo danado. Tive sempre muito ânimo por essa obra, que eu considerou a mais importante obra social (feita por ele) em todo o Estado. Alguém imediatamente diz: "Ah, a estrada de Santos para São Paulo". Porque rico só pensa em estrada. Mas igual a essa não tem", afirmou.
De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de São Vicente, empurrado pela filha Renata, ele percorreu um trecho da favela em sua cadeira de rodas. O governador licenciado comentou o apoio que vem recebendo da população. ""Isso tem sido, para mim, uma coisa muito generosa. Transmite muita energia, muito boa vontade, muita força."
Questionado se estaria se sentindo melhor, respondeu: ""Deus te ouça. Quero continuar assim. Fisicamente me sinto bem melhor do que ontem, bem melhor do que anteontem e do que trás de anteontem e muito pior do que trás, trás de anteontem", afirmou, provocando risos nos presentes.
Depois de 40 minutos no local, o governador licenciado prosseguiu de helicóptero até Itapecerica, onde percorreu obras de carro. Covas permaneceu em atividade externa por cerca de quatro horas. Antes de retornar ao Palácio dos Bandeirantes, às 17h30, ainda sobrevoou as marginais da Castelo Branco, que serão inauguradas por Geraldo Alckmin amanhã. A princípio, o governador licenciado pretende participar da cerimônia, após se submeter à sua terceira sessão de quimioterapia.
O médico particular de Covas, o infectologista David Uip, declarou não haver impedimentos para que seu paciente viaje. ""Desde que ele tenha o bom senso de não ir a 20 cidades no mesmo dia... Não quero que ele fique refém e a cada saída peça autorização. Se cumprir os horários da medicação e de repouso, acho até que faz bem para ele se ocupar", explicou.
Uip disse que a viagem foi marcada depois de conversas entre ele, Covas e assessores do governador licenciado. De acordo com Uip -que durante a tarde manteve contato com a enfermeira que acompanha seu paciente e com o próprio Covas-, o governador licenciado passou o dia bem, sem nenhum tipo de sintoma. Durante a madrugada, declarou Uip, teria se queixado apenas de dor de cabeça, sintoma que desapareceu depois de ministrada medicação adequada.
Ontem à noite ainda estava prevista uma visita do médico ao Palácio dos Bandeirantes.
Pela manhã, Covas se dirigiu a seu gabinete pouco antes das 9h e solicitou a seus assessores álbuns com fotos de suas obras.
Romaria
A romaria que saiu anteontem de São Paulo em direção a Aparecida (170 km) para orar pela recuperação de Covas deve interromper a caminhada às 13h de hoje, devido ao aumento do fluxo de veículos nas rodovias em razão do feriado de aniversário da capital.
Segundo o padre Rosalvino Moran Viñayo, que organizou a caminhada, os romeiros não querem atrapalhar o trânsito. O padre espera chegar a Aparecida no sábado. A presença da primeira-dama Lila Covas na missa na Basílica Nacional de Aparecida já está confirmada. Não está descartada a ida do governador licenciado.

ANTÔNIO FERNANDO DOS REIS



Há exatos 20 anos, São Vicente perdia um de seus melhores prefeitos, Muito benquisto pela ampla maioria da população, ele sempre colocou os interesses de nossa Cellula Mater acima de tudo e não mediu esforços e nem limitações para fazer uma cidade melhor a cada dia; por conta disso, vamos resgatar e enaltecer a memória de Antônio Fernando dos Reis, ou simplesmente, Reis, como era popularmente conhecido.
Filho do Sr. Francisco dos Reis e de D. Maria Fernanda dos Reis, Antônio Fernando dos Reis nasceu no dia 24/12/1948 na Beneficiência Portuguesa, em Santos. A família morou na Rua Silva Jardim nº 406, Macuco, até 1950, ano em que resolveu mudar-se para São Vicente, fixando-se primeiramente na Rua Dr. Armando Sales de Oliveira, esquina com a Rua Comendador Freixo, Vila Valença.
Seu pai estabeleceu-se à frente da Panificadora Lusitana, uma das mais tradicionais da cidade em seu tempo, situada à Rua Campos Salles nº 195. Em março do ano seguinte foram morar bem próximos, na Rua Jacob Emmerich nº 821
Em 1956, Reis matriculou-se na conceituada Escola Nossa Sra.do Rosário, bem próxima à sua casa, na Rua Visconde de Tamandaré Em 1960, passou para o colégio Tarquínio Silva, em Santos, onde cursou o ginásio e o científico, saindo de lá em 1966.
Em 1967, ingressou na Faculdade de Engenharia da Cidade de Lins, interior do Estado, ainda no mesmo ano, transferiu-se para a Faculdade de Engenharia de Mogi das Cruzes, de onde saiu formado em 1971, na primeira turma e com distinção.
Em 1972, foi convidado pelo então prefeito eleito Jorge Bierrenbach Senra para trabalhar em sua administração, assumindo o cargo de Diretor de Serviços Públicos da Prefeitura Municipal de São Vicente. Bierrenbach, além de excelente prefeito, era muito perspicaz: de imediato, viu que aquele jovem dinâmico agregaria e muito à sua administração.
Em 1973, foi diretor da Cohab Santista , em Santos, representando São Vicente,e, paralelamente, fez o Curso de Orientação Metodológica do Plano Diretor de Desenvolvimento integrado na USP de São Carlos. Em 1974, assumiu os cargos de Diretor de Parques e Jardins e a Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de São Vicente . A partir daí, várias praças da cidade receberam melhorias , destacando-se as praças 22 de Janeiro, Oswaldo Cruz, Barão do Rio Branco, Dr. Cesário Bastos, 1º de Maio, Sir Winston Churcill, Coronel Lopes, João Pessoa e a Bernardino de Campos, que de um espaço abandonado, passou a contar com um parque infantil , muito bem aparelhado e protegido por um colorido alambrado. Por mais de duas décadas, o parquinho garantiu a diversão e a alegria de inúmeras crianças.
Em 1975, aprimorou-se ainda mais e cursou Engenharia de Segurança e Higiene de Trabalho na Faculdade de Engenharia Industrial , na capital paulista.
Em 1976, fez parte da vitoriosa chapa encabeçada por Koyu Iha e foi um dos fundadores do Elos Clube de São Vicente, entidade defensora das tradições e culturas luso-brasileiras.
Além de vice-prefeito, foi Diretor-Presidente da Codesavi até 1980.período em que quilômetros e quilômetros de vias públicas receberam calçamento. A vasta maioria dessas múltiplas obras dura até hoje.
Em 1º/2/1981,aos 33 anos de idade recém completos e com a renúncia de Koyu, que não aceitou ter seu mandato prorrogado por dois anos, Reis assumiu a prefeitura , sendo o mais jovem prefeito da História da cidade. Embora ficasse pouco tempo no cargo, fez um brilhante trabalho, onde deu especial atenção aos artistas cidade em vários segmentos, criou o espetáculo da Encenação da Fundação da Vila de São Vicente, hoje o maior do planeta apresentado em areias de praia. Significativas melhorias nas áreas da saúde e educação também foram observadas.
Seu primeiro mandato terminou em 1º/2/1983, data em que passou o cargo a Sebastião Ribeiro da Silva, eleito em 1982.

Naquele mesmo ano de 1983, a convite do então governador Franco Montoro, Reis assumiu o cargo máximo na extinta SUDELPA (Superintendência de Desenvolvimento do Litoral Paulista), onde ficou até 1985. Na autarquia, criou o programa Mãe Crecheira, onde donas de casa recebiam uma determinada quantia para cuidarem de crianças em seus próprios lares enquanto outras mães trabalhavam fora; tal projeto recebeu muitos elogios da então primeira dama do Estado, D. Lucy Montoro e foi copiado em várias cidades. Assim como a brilhante ideia das hortas comunitárias. Questões ambientais como a correta destinação do crescente lixo doméstico e industrial, reciclagem, preservação e recuperação de manguezais, contenção de invasões e também a saúde de pessoas carentes e mais vulneráveis, como os carrinheiros, por exemplo , também fizeram parte de suas pautas. Ao deixar o cargo na SUDELPA, Reis passou a dedicar-se à construção civil com a firma Coimbra Empreendimentos Imobiliários LTDA
Em 1986, candidatou-se a Deputado Estadual. O slogan de sua campanha foi a adaptação do bordão de um popular personagem do Jô Soares (“ Sois rei?”) . Muitos santinhos lançaram a pergunta: “ Sois Reis em 86?”. Apesar da boa votação, Reis não conseguiu sua cadeira na ALESP.
Veio o ano de 1988 e com ele, mais uma eleição municipal, seguramente a mais acirrada de todos os tempos! Com a lembrança do bom governo que fizera, somado ao seu carisma e ao inestimado e incansável empenho de sua equipe, Reis venceu o pleito por uma apertada diferença e com isso, comandou nossa cidade mais uma vez entre 1º/1/1989 e 31/12/1992 .Seu slogan de campanha foi : “ São Vicente tem jeito: Reiis para prefeito”,
E como teve: este novo mandato foi marcado por muitas outras realizações como a inauguração do 2º Distrito Policial no Parque São Vicente; a celebração de convênio com a EBTU para a retomada e a conclusão da Ponte dos Barreiros; a abertura de crédito para a a instalação da Constituinte Municipal em 1989, que culminou com a promulgação da Lei Orgânica do Município ;convênio com a UNESP para cooperação recíproca na área da educação; a instituição de programa de iniciativa privada com a administração Municipal para dotar a cidade de emplacamento de ruas, sinalização turística, colocação de abrigos em pontos de ônibus, arborização, instalação de relógios-termômetros e bancos de jardins; convênio com a UNICAMP objetivando cooperação mútua nas áreas de saúde, educação, cultura, arquitetura e engenharia, drenagem e pavimentação de inúmeros logradouros , entre muitas outras inciativas, ou seja, Reis foi um dos precursores do que hoje chamamos de PPP (parcerias público-privadas).
Em sua segunda gestão , ainda foram firmados convênios com o Governo do Estado para a construção de um conjunto habitacional na Cidade Náutica através do CDHU, além do termo de cooperação intergovernamental com a secretaria de Educação do Estado, visando a descentralização, expansão e melhoria do ensino em nossa cidade, Firmou ainda convênios com a Secretaria de Estado da Promoção Social para a implantação de projeto de atendimento às famílias e grupos da população com problemáticas específicas, e com a UNISANTOS, tendo como meta a participação de professores municipais em curso de especialização de ensino para a pré-escola e de alfabetização.
Reis também desenvolveu excelente trabalho na área administrativa, implantando uma política de valorização do funcionalismo público, além do que, concebeu e colocou em prática uma política social de grande abrangência, com a criação de várias creches, a instituição do Fundo Social de Solidariedade, a reestruturação da Secretaria de Cultura e o convênio com a LBA para a manutenção das creches municipais.
Na área da saúde, desenvolveu uma política que priorizava a destinação de recursos para o Hospital São José, a criação do Hospital de Samaritá, que se constituía em uma de suas prioridades de governo, sendo também de sua iniciativa a criação do Conselho Municipal de Saúde; ampliou as opções, onde destacam-se as inaugurações do Ambulatório Médico e Odontológico da Vila Margarida e outra unidade similar no Jardim Rio Branco, além da reforma e ampliação do Pronto Socorro da Vila Fátima.
As praças, novamente não ficaram de fora e muitas foram reformadas e reurbanizadas, como a João Pessoa e a Oswaldo Cruz e outras no inovador programa Adote Uma Praça, quase todas as praças da cidade foram beneficiadas e sem custo aos cofres públicos.
Outra grande marca de seu segundo mandato foi a construção das muretas em toda a orla do Gonzaguinha. Inaugurada nas comemorações do 459º aniversário da cidade, em 1991, a obra iniciava no antigo Luna Park e findava ao lado do Edifício Grajahu. Proporcionando mais segurança aos pedestres, além de embelezar a orla, as antigas muretas transformaram toda a extensão do Gonzaguinha em um imenso ponto de encontro, confraternização e recreação. Tornaram-se também mais um símbolo da cidade e inúmeros munícipes e turistas acharam um absurdo a sumária retirada das muretas cerca de dez anos depois.
Antes mesmo do término de seu segundo mandato, Reis já apresentava problemas de saúde, em boa parte decorrentes dos dissabores com a oposição, mas ele pouco reclamava sobre.
Em 1995, assumiu o cargo de Diretor-Presidente da CODASP -Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo, a convite do governador Mário Covas,
Em 1996, Reis candidatou-se a vereador, mas devido à saúde já debilitada, não saiu às ruas para fazer campanha, ainda assim, conseguiu 347 votos, sendo que então, apenas 900 seriam suficientes para elegê-lo.
Infelizmente, Reis faleceu em 7/11/1999,vítima de problemas cardíacos, a poucas semanas de completar 51 anos de idade, não faleceu apenas o prefeito, o engenheiro, o administrador e sim um homem que amava sua cidade incondicionalmente, que todo dia pensava em como podia melhorar nosso cotidiano, que falava de São Vicente com uma nítida paixão estampada nos olhos, que fez muito além do que podia e muito mais faria se tivesse uma nova chance.
Hoje, ele empresta seu nome à uma escola municipal no Jardim Independência e também à uma creche comunitária no Parque Bitaru.
Além do muito que fez pela Celullla Mater, Reis , dono de uma grande bagagem cultural, em seu primeiro mandato criou o termo “ A primeira Câmara das Américas”; desde então citado constante e orgulhosamente em nosso cotidiano.
Assim como Jorge Bierrenbach Senra, Antônio Fernando dos Reis é um exemplo a ser seguido por aqueles que desejam comandar os destinos da nossa cidade pelos próximos anos.
Que estes exemplos sejam novamente realidade.
São Vicente merece!


Texto de Silvio Elizei, com a colaboração direta de Vera Lúcia dos Reis Martins e indireta do vereador Roberto Rocha - São Vicente de Outrora (07 -11-2019).


I CONGRESSO DO PT- 1991

Em primeiro plano o ex-presidente Luiz Ignácio Lula da Silva, o vereador Brito Coelho, Paulo Okamoto (presidente Estadual do PT), o vereador e ex-governador Márcio França (PSB), Padre Cláudio e representantes da ACIESV e da CUT- Central Única dos Trabalhadores. O evento foi realizado no restaurante Panela de Barro.



CAMPANHA DE TÉRCIO GARCIA PARA PREFEITURA -2004Fonte: O Segredo de Márcio França- Clóvis Vasconcellos





MÁRCIO FRANÇA NA PREFEITURA




MÁRCIO FRANÇA NO CONGRESSO COMO DEPUTADO FEDERAL





O governador Márcio França é recebido com festa por mais de mil pessoas em São Vicente. Candidato participou de uma cerimônia do programa de Alistamento para Jovens.

ABC- 28/09/2018. Fotos: Luciano Piva
O candidato ao governo do estado pelo PSB, Márcio França, foi recebido com festa nesta sexta-feira (28) no centro de São Vicente, cidade onde foi prefeito e se reelegeu com 93% dos votos. Seus dois mandatos no município foram de 1997 a 2004.
França caminhou pelas ruas lotadas de pessoas que vieram saudá-lo e foi até a unidade onde estudou, a Escola Estadual Professora Zina de Castro Bicudo, onde hoje também funciona a Escola Técnica (Etec) Ruth Cardoso. "Estou muito feliz por voltar aqui no 'grupão', onde estudei, é uma emoção grande", declarou emocionado. O novo governador é um grande defensor do ensino gratuito de qualidade e tem orgulho de ter estudado em escola pública.
Num breve discurso para eleitores e militantes, França disse estar confiante em uma virada nas urnas. "Aqui tem café no bule. A minha palavra é de verdade. Vamos chegar no segundo turno e vamos ganhar essa eleição", afirmou.
No início da manhã, o novo governador participou da solenidade que marcou o início dos cursos e atividades práticas de integrantes do Jepoe (Jovens em Exercício do Programa de Orientação Estadual), também conhecido como Alistamento Civil.
O programa é uma de suas principais propostas de governo de França. Por ele, jovens em condições de vulnerabilidade têm uma oportunidade de prestar serviços à comunidade e receber uma bolsa auxílio de 500 reais. Para isso, voltam a estudar em ensino técnico e se qualificam para o mercado de trabalho.
“A gente fez isso com muito esforço e eu tenho certeza que vamos poder levar o programa para o estado de São Paulo todo, para 80 mil rapazes e moças da rede pública estadual”, disse França.



Hoje, mais um grupo de jovens começou a atuar em São Vicente. “Tudo o que ensinamos em sala de aula vamos colocar em prática nas ruas”, disse Cleber Fernandes, um dos coordenadores do projeto na cidade. Ele destacou a mudança de comportamento dos garotos, que chegam sem saber direito o que querem da vida e logo ganham outro ânimo. “Hoje, muitos pensam em ser policiais militares, outros engenheiros. Contribuímos para o futuro dessas pessoas", afirmou Cleber.
Meninos, eu vi! –Parte 1

Victor Miranda
 



(Tomo emprestada a expressão eternizada pelo poeta Gonçalves Dias para narrar algumas das situações que acompanhei como jornalista ao longo de quase duas décadas de cobertura política vicentina).
Meninos, eu vi! No distante 2002, um prefeito com aprovação recorde, concedeu entrevista para um estagiário a serviço de um jornal universitário. Era outubro, Márcio França recém havia sido o coordenador da campanha de Anthony Garotinho à presidência da República. Perguntado sobre suas ambições políticas, respondeu sem modéstia "ser governador". Para mim, pareceu muito. Em 2018, encontrei-o na porta da Prefeitura. O carro oficial de governador estava diante do Paço. Ainda que por um breve período, aquele homem chegou onde sonhava.
É bem verdade que a trajetória foi cheia de altos e baixos. Entre 2002 e 2018, elegeu seu sucessor na Prefeitura, foi deputado federal por dois mandatos, ocupou cargos no Estado e, como vice de Geraldo Alckmin, chegou ao Palácio dos Bandeirantes (tendo a a oportunidade de substitui-lo no comando do Estado por 8 meses). Mais do que isso, tornou-se um dos maiores articuladores políticos do Estado. Por outro lado, sofreu derrotas dolorosas. A principal delas em 2012, quando não conseguiu eleger o filho - hoje deputado estadual Caio França - para comandar São Vicente.
Por alguns dias, o experiente Márcio França evitou entrevistas. No feriado prolongado de Doze de Outubro daquele ano, viajei de ônibus para Porto Alegre. Na volta, entediado com as 18 horas de viagem, mandei um SMS para o seu assessor: "consegue aquela entrevista para mim". Deu certo. Após dias de insistência, ele aceitou conversar comigo. Cheguei às 6h no Terminal Tietê e fui direto para a Sucursal. Na hora do almoço, o então deputado Márcio França atendeu minha ligação. Conversamos por quase 1h - só de entrevista foram mais de 40 minutos. No dia seguinte, A Tribuna estampava a síntese de seus pensamentos naquele momento: "Como um GPS, estou recalculando a rota". A mudança do percurso foi nítida desde então. França mudou o título eleitoral para São Paulo pouco depois. O resto é história.
(...)
Meninos, eu vi! Um técnico calmo e inteligente, sem perfil político, ser eleito e reeleito prefeito da Cidade com votações altíssimas. Começou com um trabalho mais voltado ao social e com importantes obras empenhadas. Em 2010, já como repórter da Sucursal vicentina de A Tribuna, diante dos primeiros efeitos de uma crise econômica cujos efeitos ainda reverberam, escrevi matéria de página sobre o aumento do endividamento de São Vicente. Aquela administração inchada estava ruindo.
No segundo mandato do governo Tercio, cobri greves, manifestações, denúncias... Vi o prefeito perder a governabilidade e enfrentar oposições internas. Fui recebido em sua casa, no final de 2012, naquela que foi sua última entrevista à frente do Executivo. Era um domingo e eu estava de folga. Mas não poderia negar um convite repentino como aquele.
A fala era mansa, como sempre. As mãos trêmulas se esforçavam para segurar a xícara de café. Estava visivelmente abatido. Boa parte dos políticos e apoiadores o haviam abandonado. Durante a conversa, o já falecido político justificou a sua ida para Limeira, onde foi atuar como secretário municipal. Fez, também, uma análise sobre erros e acertos do mandato. Garantiu que nunca fugiria de São Vicente. Ainda estávamos no começo da década, mas Tercio já reclamava de boatos em redes sociais. "Quem quer agir por mal e desestabilizar uma figura pública ou um governo consegue com muita facilidade". Apesar do tom de resignação, preferiu não responder as críticas. "Isso não é formado por um grupo político ou pelos sindicatos. É a própria instabilidade que gera esse cenário".
(....)
Meninos, eu vi! E aprendi. A política é muito mais intensa e instável do que pensamos. O jogo é feito de voltas e reviravoltas. Em pouco tempo, tantas coisas mudam e, ao mesmo tempo, tantas outras parecem iguais...
* Amanhã, pretendo publicar a parte 2 deste "Meninos, eu vi!", onde contarei alguma experiência dos governos Bili e Pedro. Na quarta, mandarei a terceira parte, narrando um pouco do que vi da trajetória do prefeito eleito, Kayo Amado. Dividi para não ficar ainda mais extenso. Esses parcos e aleatórios causos da política calunga não interessam vocês, mas decidi registrá-los no Facebook para lembrar daqui um tempo. Espero não esquecer de dar sequência... RS
Meninos, eu vi! - Parte 2





(Tomo emprestada a expressão eternizada pelo poeta Gonçalves Dias para narrar algumas das situações que acompanhei ao longo de mais de 18 anos envolvido na cobertura política vicentina).
Meninos, eu vi! Um vereador desafiar uma hegemonia. Eram meados de 2015 quando Luís Cláudio Bili apostou no desgaste do grupo político ao qual fazia parte para embarcar em um voo solo. Para isso, rompeu com a base governista, deixando para trás uma relação de 14 anos e meio - era secretário de Relações do Trabalho e Geração de Emprego e Renda até uns dias antes do reposicionamento.
No ano seguinte, para enfrentar uma supercoligação formada por 21 uma siglas, Bili reuniu o PP, PRTB e PTdoB. E, assim, consolidou-se como o principal adversário de Caio França. À primeira vista, a vitória parecia improvável. Mas nada que abalasse a sua confiança.
(...)
Meninos, eu vi! Onze dias antes da eleição, o ainda vereador subiu a escadaria da Sucursal de São Vicente de A Tribuna. A Redação ficava no mezanino de um estabelecimento comercial onde hoje funciona uma loja de calçados. Bili estava sorridente. Tinha o celular na mão esquerda, o cabelo espetado encharcado de gel e usava a famigerada camisa roxa, cuja cor acabaria rendendo muita polêmica nos anos seguintes. Eu ainda preparava o gravador para a entrevista quando ele indagou: "ainda estamos em off?". Diante da resposta afirmativa, estendeu o braço direito em minha direção e, pedindo um aperto de mão, afirmou categorigamente: "posso te dizer uma coisa? Você está diante do novo prefeito de São Vicente".
Fiquei emudecido diante do excesso de confiança. Tentava entender o que gerava tamanha convicção, indo contra todos os prognósticos. O próprio político percebeu que precisava se explicar. Se hoje é comum vermos pessoas desqualificando as pesquisas eleitorais, Bili já o fazia em 2012. "Meu irmão, não acredite nos números que apresentam. Eleição se ganha no calor da rua, na sola de sapato. E eu afirmo a você: eu serei eleito prefeito de São Vicente".
Bili transmitia confiança. Parecia respaldado. A partir dali, passei a olhar o cenário com mais astúcia. Muito se fala que A Tribuna dava como certa a vitória do PSB. Posso responder pelas minhas reportagens: falácia. Eis um trecho da matéria que escrevi naquele domingo, 7 de outubro de 2012, dia da votação: "Ao contrário dos outros pleitos, o nome indicado pelo PSB (que governa o Município há 16 anos) teve dificuldades para emplacar sua campanha. O vereador Caio França lidera todas as pesquisas eleitorais publicadas ao longo de três meses por vários institutos. Mas, dessa vez, o principal rival apresenta um crescimento impressionante nas últimas semanas. Luís Cláudio Bili (PP), também vereador, é o autor da façanha". No decorrer do texto, ainda sobrou espaço para uma (nem tão) sutil análise: "Embora sejam consideradas grandes ferramentas de campanha, as pesquisas eleitorais não decidem uma eleição. Essa missão recai sobre cada um dos quase 250 mil eleitores do Município".
(...)
Meninos, eu vi! Uma Cidade atônita por uma disputa eleitoral. Se o resultado daquela apuração não foi necessariamente uma surpresa para mim, o foi para tantos outros. Como repórter, queria entender o que os eleitores vicentinos sentiam. Segunda-feira pela manhã transformei a Praça Barão do Rio Branco em local de trabalho. Ao melhor estilo Carlos Alberto de Nóbrega, sentei no banco da praça, em frente às Casas Bahia, e conversei com desconhecidos por quase 1h30. Percebi que boa parte das pessoas não conhecia o novo prefeito. Uma moça disse que, se soubesse que Bili ganharia, não teria votado nele. "Só queria dar um susto no Márcio". Resumindo, aquela foi uma escolha de protesto.
O próprio Bili reconheceu isso na matéria publicada na edição de terça-feira. "Sei que votaram em mim mais por insatisfação do que por convicção". Uma página inteira para apresentar o novo prefeito para a população que o elegeu. A curiosidade era tamanha que a reportagem foi uma das três matérias mais lidas no site de A Tribuna daquela semana. No final da entrevista, perguntei se não era perigoso carregar o rótulo de salvador da pátria, citando o exemplo do petista Luís Carlos Luca Pedro, escolhido prefeito de São Vicente 20 anos antes. "A lembrança é interessante, mas não dá para comparar. Sou muito mais preparado do que o Luca àquela época. E eu não tenho o direito de errar". Como bem sabemos, Bili errou. Como todos - uns mais e outros menos.
(...)
Meninos, eu vi! Um prefeito recém-eleito ser ovacionado por uma arena lotada em seu primeiro mês de governo. Quando o locutor da Encenação da Fundação da Vila de São Vicente anunciou o nome de Luís Cláudio Bili naquele janeiro de 2013, milhares de pessoas emendaram gritos e aplausos. Um apoio que se dissipou com o tempo. A crise financeira era grave desde antes da posse. Muitos problemas pediam soluções urgentes e complexas. Não tardou para o prefeito perceber que apoios políticos podem ser tão sólidos como a lama dos canais - que ele não tinha para onde levar. Lidar com pressões, com o fogo amigo e com fortes adversários políticos não são tarefas fáceis.
Ouso dizer que fui o repórter que mais fez entrevistas com o prefeito Bili. Acompanhei diariamente as ações, as crises, as dificuldades. Sempre fui muito bem atendido, e coleciono diversas histórias curiosas que só podem estar relacionadas a uma figura tão peculiar da história vicentina. Como o dia em que estava apreciando um X-Calabacon no Gulas e, por volta das 21h, meu celular tocou. Era número desconhecido. Pensei que fosse o editor querendo tirar dúvida referente a alguma matéria. "Alô, Victor? Aqui é o senador Gim Argello. O prefeito Bili me falou de você. Eu sou de São Vicente, sabia?". Pego de surpresa, recorri a guardanapos para listar pontos daquela conversa. Os escritos transformaram-se em notas na coluna política do jornal. Já o senador distrital foi preso pela Operação lava Jato em 2016.
Em 2015, em uma das tantas entrevistas que fizemos, Bili lamentou: "essa é a maior crise da história da Cidade". Naquele mesmo ano, liguei para repercutir uma pesquisa de avaliação do seu mandato, reprovado pela maioria dos eleitores. A sinceridade do mandatário foi divertidamente preocupante: "nem eu aprovo o meu governo".
Com todas as dificuldades, Bili decidiu não tentar a reeleição. Uma decisão que parece ter tirado um peso de suas costas. Em meados de agosto de 2016, fui recebido por ele no Fundo Social de Solidariedade - um dos locais de onde o prefeito despachava em fim de mandato. Estava sorrindo, como há tempo eu não via. A pergunta era inevitável: por que abdicar da possibilidade de reeleição? "Tenho vergonha na cara. Sei que as ruas não estão como deveriam. Eu infelizmente não consegui dar a resposta que a sociedade precisava. Eu, realmente, paguei o pato. Mas será que eu destruí uma cidade maravilhosa em 3,5 anos?".
Não, Bili, ninguém destrói uma cidade em três anos e meio. Assim como ninguém reergue uma cidade em um curto período. É um processo árduo, longo e doloroso. Se quatro anos antes ele afirmava não ter o direito de errar, agora fazia um mea-culpa. Teve de devolver o comando de São Vicente para o grupo político de onde havia saído. Festa de um lado, lamento do outro. "Em meio ano, vão reconhecer muita coisa que eu fiz. O povo ainda vai dizer que o Bili não foi tão ruim assim", sentenciou Bili ao fim da última entrevista que fiz com ele no exercício da função.
(...)
Meninos, eu vi! E aprendi... Entre acertos e erros, o jogo é assim: cruel, voraz, avassalador. O salvador de hoje pode ser escurraçado amanhã. A hegemonia que agora parece eterna em pouco tempo vira história. E que qualquer um pode ressurgir das cinzas. Em política, o herói e o vilão pode habitar em um mesmo corpo. Depende do cenário, do contexto, da habilidade de gerenciar crises. Governar é um desafio colossal. Acompanhar essa jornada é uma tarefa de todos. Mas, infelizmente, muitos consideram terminada a sua participação na hora em que apertam a tecla verde na urna eletrônica. Ainda tem muito brasileiro que ama eleições, mas odeia a política.
* Não era essa a formatação prometida inicialmente, mas saiu isso. Até porque, são muitas as histórias e essa postagem extrapolou todos os limites aceitáveis de volume de texto. Ainda pretendo publicar a parte 3 deste "Meninos, eu vi!". Não dou mais prazos ou temas. Afinal, não sei se conseguirei cumpri-los... rs


TRANSIÇÃO DE GOVERNOS


Kayo Amado e Pedro Gouvêa realizam reunião de transição em São Vicente
7 de dezembro de 2020 Jornal Vicentino

Nesta segunda-feira (7), o prefeito eleito Kayo Amado (Podemos), o atual prefeito de São Vicente Pedro Gouvêa (MDB) e a vice, professora Lurdinha (PSB), estiveram reunidos no Salão Nobre do Paço Municipal para tratar da transição entre os governos. Foi o primeiro encontro entre Gouvêa e o seu sucessor no comando da Cidade pelos próximos quatro anos.
Em suas redes sociais, Kayo Amado afirmou que foi iniciada a transição com pedidos de documentações e integração das equipes. “Os interesses de São Vicente são muito maiores do que todas as disputas e discordâncias políticas”.
Também em suas redes, o atual administrador Pedro Gouvêa comentou sobre o encontro. “Nosso desejo é contribuirmos ao máximo nesse momento tão importante para o futuro de São Vicente”



DIPLOMADOS. Kaio Amado e Sandra Conti da Costa (Sandra do Postinho), prefeito e vice-prefeita de São Vicente para o quatriênio 2021-2025, foram diplomados hoje pela Justiça Eleitoral, com mandato popular de quatro anos. Parabéns aos novos gestores da cidade e também ao povo vicentino pela escolha democrática nas urnas. Desejamos ao prefeito e sua vice sucesso nessa jornada e que tenhamos uma São Vicente mais justa e melhor para todos.





PREFEITO ELEITO SE REÚNE COM VEREADORES. Uma reunião com 13 Vereadores Eleitos em 2020 foi a principal agenda do prefeito eleito Kayo Amado. A ideia, segundo a postagem da página que publicou a notícia, é traçar um desenho das prioridades e repensar a forma de governar e legislar a cidade. A Câmara Municipal reelegeu apenas cinco dos 15 vereadores, marcando uma renovação quase total com a saída de politicos tradicionais e com sucessivos mandatos
Imagem: Minha São Vicente.





PODER EXECUTIVO




José Gonçalves de Aguiar, 1835
Manoel Jacinto Assumpção, 1842
Antonio Gonçalves Nobre, 1845 a 1849
Luiz Marcelino de Azevedo, 1850
João Marcelino de Azevedo, 1876
Fernando J. Augusto Bittencourt, 7/1/1877
Cel. José Lopes dos Santos, 30/6/1877
Cap. Gregório Inocêncio de Freitas, 7/1/1887
Antonio Lima Machado, 1878-1887 e 1889-1902
Ten. Cel. Gil Alves de Araújo, 1891
Julião Leocádio Neiva de Lima (Julião Caramuru), 1893
Joaquim Dias da Silva, 1897
Antonio Emmerick, 1894-1895 e 1895, 1897, 1898
Herman Reipert, 1899
Salvador Malaquias Leal, 1904 a 1905 e 27/5/1916
Cap. Antão Alves de Moura, 1906 a 1913 e 9/2/1915
Teotônio Gonçalves Corvelo, 5/5/1914
João Francisco Bensdorf, 13/2/1917 -1928
Cap. José Meireles, 23/10/1928 - 1930
Ten. Antonio de Andrade, 24 a 29/10/1930
Antonio dos Santos Barbosa, 30/10 a 22/12/1930
Durval de Andrade e Silva, 22/10/1930 a 9/4/1931
Dr. José Monteiro, 10/4/1931 a 19/5/1938 - 1/1/1948 a 31/12/1951
Rodolpho Mikulasch, 19/5/1938 a 31/7/1941
Oswaldo Russomano 31/7/1941 a 2/8/1941
Polydoro de Oliveira Bittencourt, 2/8/1941 a 1945
Dr. Lino Vieira, 27/11/1945 a 25/3/1947
Dr. Álvaro Assis, 12/4/1947 a 30/11/1947
Luiz Beneditino Ferreira, 1 a 31/12/1947 e 1/1/1956 a 31/12/1959. Vice: Coronel Justiniano de Vasconcelos Passos.
Dr. Charles A. S. Dantas Forbes, 1/1/1952 a 31/12/1955 - 1/1/1964 a 20/4/1966. Vice: José de Toledo Noronha.
Dr. José de Toledo Noronha, 20/1/1954 a 3/3/1954


Eng. Roberto Andraus, 1/1/1960 a 15/4/1961. Vice: Orlando Intriéri
Orlando Intrieri, 15/4/1961 a 31/6/1963
Prof. Jonas Rodrigues, 31/6/1963 a 31/12/1963 e 1/12/1969 a 31/1/1973. Vice: Nicolino Simoni Filho.
Dr. Lincoln Feliciano da Silva, 20/4/1966 a 20/12/1967
Ten. Cel. Jorge Conway Machado, 20/12/1967 a 31/1/1969
Eng. Jorge Bierrenbach Serra, 1/1/1973 a 31/1/1977. Vice: coronel Fernando Barbosa Dias.
Dr. Koyu Iha, 1/12/1977 a 31/1/1981. Vice: Eng. Antonio Fernando dos Reis.
Sebastião Ribeiro da Silva, 1/12/1983 a 31/12/1988. Vice: Carlos Vicente Mensigen.


Eng. Antonio Fernando dos Reis, 1/2/1982 a 31/1/1982 e 1/1/1989 a 31/12/1992
Luiz Carlos (Luca) Pedro, 1/1/1993 a 31/12/1996
Márcio Luiz França Gomes, 1/1/1997 a 31/12/2004. Vice: Paulo de Souza.
Eng. Tércio Augusto Garcia Júnior, 1/1/2005 a 31/12/2012. Vices: Paulo de Souz e Sargento PM Rogério Barreto Alves.
Luís Cláudio Bili, 1/1/2013 a 31/12/2016. Vice: João da Silva
Pedro Gouvêia, 01/1/2-17 a 31/12/2020. Vice: Maria de Lourdes dos Santos Oliveira 
Kayo Felipe Nachtajler Amado ( 90.876 votos,  56,30% do total de votos válidos. ) 01/01/2022. Vice: Sandra Conti da Costa.

A CÂMARA VICENTINA E  OS VEREADORES




A 1ª CÂMARA DAS AMÉRICAS. Quadro do pintor e historiador uruguaio-vicentino Carlos Fabra retratando uma reunião da 1ª Câmara eleita nas Américas em 1532. A Câmara era a base do poder localista das Vilas em oposição ao poder centralista e fiscalista do Estado Português (capitanias e governo geral). Os parcipantes eram da elite colonial - escravos e indígenas não participavam - e chamados "homens bons" ou "homens de cabedal" (pequena bolsa de couro carregada na cintura onde se guadava moedas). Não há registro conhecido dos primeiros mandatários municipais vicentinos. Mas é possível identificá-los entre as primeiras famílias vindas com Martim Afonso de Souza na sua expedição de 1531 e que possuem descendentes na cidade, em Santos, São Paulo e várias cidades brasileiras fundadas por vicentinos.
 
2020- Jefferson Cezarolli (PODE): 3.178 votos; Dr. Palmieri (PSB): 3.091 votos; Tiago Peretto (PL): 3.053 votos; Benevan Souza (REPUBLICANOS): 2.821 votos; Adilson da Farmácia (DEM): 2.594 votos; Rodrigo Digão (PP): 2.572 votos; Jhony Sasaki (PSB): 2.458 votos; Dercinho Negão do Caminhão (MDB): 2.455 votos; Higor Ferreira (PSDB): 2.317 votos; Wagner Cabeça (PSL): 2.243 votos; Dr. Eduardo Oliveira (PSL): 2.201; Prof. Thiago Alexandre (DEM): 2.044 votos; Jatobá (PODE): 2.038 votos; Jaba (PL): 1.737 votos; Edinho Ferrugem (PSDB): 1.365 votos. 

2017- Dr. Palmieri (PSB) - 4.101 votos;Higor Ferreira (PSDB) - 3.190; Jaba (PSDB) - 3.138; Perivaldo do Gás (PSB) - 3.073 (reeleito); Léo Santos (PSB) - 2.949 (reeleito); Felipe Rominha (PSDB) - 2.841; Dercinho Negão do Caminhão (PMDB) - 2.689; Wilson Cardoso (PSB) - 2.667; Adilson da Farmácia (DEM) - 2.651; Alfredo Moura (Pros) - 2.500 (reeleito); Roberto Rocha (Pros) - 2.275 (reeleito); Sargento Barreto (PPS) - 2.137; Dr. José Eduardo (DEM) - 2.016 ; André Carioca (Pros) - 1.762; Pedro Zebrão (PV) - 1.300 votos. 

2012- Alfredo Martins Alves 2.651 votos; Alfredo Soares de Moura, 3.998 votos; Carlos Eduardo de Jesus Oliveira, 1.960 votos; Diogo Batista Angelin, 2.223 votos; Eronaldo José de Oliviera, 2.471 votos; Fernando Bispo da Silva, 5.435 votos; Gilberto Domingos Rampon, 3.650 votos; Juracy Francisco de Jesus, 2.711 votos; Marcelo Correia de Souza,2.074 votos; Nicolino Bozzella Júnior, 3.908 votos; Paulo Humberto Lacerda, 4.169 votos; Pedro Luiz de Freitas Gouvêa Júnior, 4.506 votos; Perivaldo Oliveira Santana, 3.895 votos; Rafael Xavier Barreto Alves, 2.824 votos; Roberto Veiga Rocha, 4.028 votos. 

2008 - Caio França (PSB) 8097 votos; Pedro Gouvêa (PSB) 4584 votos; Paulo Lacerda (PSB) 4477 votos; Drº José Eduardo (PSB) 3987 votos; Roberto Rocha (PSB) 3852 votos; Gilberto Rampon (PSB) 3684 votos; Diogo Batista (PP) 3499 votos; Jura (PT) 3400 votos; Valter Vera (PSB) 3295 votos; Ferrugem (PDT) 2726 votos; Tiça (PDT) 2710 votos; Macedo (PSDB) 2634 votos; Marcelo Correia (PP) 2506 votos; José Soares (PSDB) 2531 votos; Marco Bitencourt (PRP) 1849 votos; Luis Claudio Bili (PSB) 4569 votos, Léo Santos (PSB) 4032 votos, Alfredo Moura (PSDB) 3766 votos, Fernando Bispo (PSB) 5276 votos; 

2004 - Obedes Ferreira da Cunha (PSL) com 2.008 votos; Mara Valeria Giangiulio (PT) com 1.237 votos; Roberto Veiga Rocha (PSB) com 3.406 votos; Rogerio Barreto Alves (PPS) com 4.767 votos; Alfredo Soares de Moura (PPS) com 3.565 votos; Fernando Bispo da Silva (PSDB) com 3.587 votos; Geovane Oliveira de SOuza (PSB) com 3.400 votos; Gilberto Domingos Rampon (PSB) com 5.160 votos; Ivan de Souza (PFL) com 2.240 votos; José Alberto da Silva (PFL) com 3.085 votos; José Eduardo Ottoni de Almeira (PSDB) com 4.043 votos; Leonidas Lucio dos Santos (PSB) com 5.998 votos; Luciano Batista (PSB) com 5.146 votos; Luiz Claudio Bili Lins da Silva (PSB) com 5.584 votos; Paulo Humberto Lacerda (PSB) com 3.890 votos; Davi Leopoldo de Mendonça (PSB) com 2.380 votos; Nicolino Bozzela (PSB) com 3.027 votos; Carlos Santiago (PSB) com 3.264 votos; 

2000 - Alfredo Soares de Moura (PPS) com 2.133 votos; José Valter dos Santos (PPS) com 2.677 votos; Carlos Roberto Gigliotti (PSDB) com 2.864 votos; Gilberto Domingos Rampon (PSDB) com 3.435 votos; Davi Leopoldo de Mendonça (PSB) com 2.585 votos; Fernando Bispo da Silva (PTN) com 2.459 votos; Geovane Oliveira de SOuza (PFL) com 2.985 votos; Roberto Veiga Rocha (PSB) com 3.451 votos; Luciano Batista (PSB) com 2.702 votos; Luiz Claudio Bili Lins da Silva (PSB) com 2.698 votos; Nicolino Bozzela (PSB) com 3.063 votos; Paulo Humberto Lacerda (PSB) com 2.819 votos; José Sebastião Soares (PSB) com 2.731 votos. 

1997- José Soares (PSDB) 1.867 votos; Luiz Antonio dos Santos (PPB) 1.811 votos; Jõao Gonçalves (PSD) 1712 votos; José Aparecido dos Santos (PDT) 1409 votos; José Eduarto Ottoni (PL) 1345 votos; Paulo Humberto (PDT) 1283; Carlos Santiago (PFL) 1252 votos; Rubens Riquero (PMDB) 1246 votos; Davi Mendonça (PSB) 1157 votos; Luiz Carlos Billi (PDT) 1188 votos; Antonio CArlos Oliveira (PSC) 973 votos; Brito Coelho (PT) 944 votos; Emmanuel Pimentel (PTB) 869 votos; Ricardo Veron (PSDB) 916 votos; Adelson Dantas Prado (PSD) 822 votos; Eduardo Palmieri (PSB) 937; Marcos CAlvo (PT) 907 votos; Roberto Rocha (PMDB) 1130 votos; Koken Iha (PSDB) 730 votos; Nicolino Bozzella (PL) 896 votos; Altair de Marco (PPB) 1275 votos. 

1994 - Roberto Rocha (PMDB) 1.462 votos; Eduardo Palmieri (PSDB) 1.286 votos; Altair Di Marco (PDT) 1.193; Märcio França (PSB) 1.082 votos; Renato Caruso (PT) 1.067; Carlos Gigliotti (PL) 1.026; Carlos Alberto Santiago (PFL) 951; João de O. Gonçalves (PSD) 896 votos; Luiz Antonio dos Santos (PDS) 893 votos; Elcias Alves de Mello (PDS) 890 votos; Ricardo Veron Guimarães (PMDB) 837 votos; Brito Coelho (PT) 805 votos; Filiogênio de Camargo (PT) 802 votos; Regina Pontes do Carmo (PFL) 802 votos; Davi Mendonça (PSDB) 716 votos; Francisco Neto (PT) 703 votos ; José Aparecido dos Santos (PST) 692 votos;José Eduardo Ottoni de Almeida (PSDB) 664 votos; Roberto Luiz Lopes (PSD) 628 votos; Gregório Molero Martins (PDT) 598 votos; Luiz Claudio Lins da Silva PDT) 446 votos. 

1989 - Fernando da Costa Santos (PDT) com 425 votos; Roberto Veiga Rocha (PTB) com 560 votos; Luiz Antonio dos Santos com 743 votos e Geraldo Volpe com 701 votos ambos do PDS; Márcio França Gomes com 472 votos e Evaristo Martins Jr. com 443 votos (PSB); Renato Caruso com 1.250 votos; Brito Coelho com 765 votos e Francisco Dias Neto com 568 votos, todos do PT; Daniel Martines com 1145 votos, Nicolino Simoni Filho 643 votos e Gilson matos do Nascimento com 548 votos do PFL; Carlos Roberto Gigliotti, com 618 votos, Davi Mendonça com 597 votos e Koken Iha com 591 votos, todos da coligação PL/PTR/PSDB e Dilan Prates de Oliveira 1005 votos; Carlos Alberto Santiago, Emmaneul Menezes 830 votos), Elcias M. (772 votos) e Nicolino Bozzella (764 votos), todos coligação PMDB/PSC/PSD 

1983 a 1988 - Emanuel Menezes Pimentel - Nicolino Bozella - Geraldo Volpe - Álvaro Trevisan - Ábilio Cecchi Júnior - Gabriel Teixeira - Jorge Hurtado - Enil Fonseca - Renato Caruso - Carlos Alberto Lorenz - Carlos Alberto Santiago - Roberto Veiga Rocha - Paulo de Souza - Horácio Ramos - Natividade Nolasco Omena - Luiz Antônio dos Santos - José Hildemar Coelho 
1977 - Álvaro Trevisan - Angelina Pretti da Silva - Elias de Abreu - Emannuel Menezes Pimentel - Francisco Borges - Geraldo Volpe - Marceu Martins de Souza - Mílton Luiz da Silva - Neide Veiga Rocha - Nicolino Bozella - Ricardo Veron Guimarães - Raimundo dos Santos Oliveira - Rubens Alves Simões - Sebastião Ribeiro da Silva e Wilson Thomas. Prorrogado o mandato até 1982 

1973 a 1976- Dr. Alberto Lopes dos Santos - Angelina Pretti da Silva - Carlos Antônio Menon - Prof. Clóvis Souza - Dante Cecchi - Francisco Sampaio Borges - Dr. Oswaldo Marques - Geraldo Volpe - Jorge Hurtado - José Campos - Dr. Koyu Iha - Newton Samboya de Andrade - Dr. Nicolino Bozzella - Ruth de Jesus - Sebastião Ribeiro da Silva - Obs.: Eleito Deputado Estadual, em 15.11.74, o dr. Koyu Iha renunciou ao mandato de vereador, em 06 de março de 1975. Assumindo em seu lugar o sr. Wilson Thomaz, no dia 11/03/76. 

1969 a 1972 - Alberto Lopes dos Santos - Angelina Pretti da Silva - Carlos Moreira - Dante Cecchi - Francisco Sampaio Borges - Jayme Hourneaux de Moura - José Campos - Koyu Iha - Maurício Filho - Max Herman Simon - Neide Veiga Rocha - Oswaldo Marques - Rivadávia da Silva Oliveira - Pedro Alves - Sebastião Ribeiro da Silva - Sibrônio Aguiar - Obs.: Faleceu o sr. Pedro Alves no dia 2 de julho de 1969 corrente ano, assumiu o sr. Max Simon , - Assumiu o sr. José Rosindo dos Santos Filho, no filho, no lugar do sr. Carlos Moreira 

1969 - Álvaro Assis - Angelina Pretti da Silva - Dante Cecchi - Dr. Enil Fonseca - Celso Cardoso - Jayme Hourneaux de Moura - José Campos - Max Herman Simon - Nicolino Simone Filho - Oswaldo Marques - Sebastião Ribeiro da Silva - Sibrônio Aguiar - Walter Antônio Melarato - Obs.: Foi extinto o mandato do sr. José Gonçalves por cinco faltas consecutivas 

1968 - Álvaro Assis - Angelina Pretti da Silva - Dante Cecchi - Dr. Enil Fonseca - Celso Dias Bexiga - Francisco Sampaio Borges - Jayme Hourneaux de Moura - José Campos - José Sanches Gonçalves - Nicolino Simone Filho - Oswaldo Marques - Sebastião Ribeiro da Silva - Sibrônio Aguiar - Walter Melarato 

1964 - Álvaro Assis - Angelina Pretti da Silva - Dante Cecchi - Edmar Dias Bexiga - Dr. Enil Fonseca - Francisco Sampaio Borges - Jayme Hourneaux de Moura - José Campos - José Sanches Gonçalves - Nicolino Simone Filho - Oswaldo dos Santos - Oswaldo Toschi - Ricardo Gonçalves Rocha - Sebastião Ribeiro da Silva - Sibrônio Aguiar - Walter Antônio Melarato. Prorrogado até 1968. Obs.: Foram cassados o mandato dos srs. Oswaldo dos Santos, Oswaldo Toschi e Ricardo Gonçalves Rocha 22 de abril de 1966 o sr. Edmar Dias Bexiga renunciou ao mandato em, 30/12/68 

1960 a 1963 - Angelina Pretti da Silva - Antônio Conceição Filho - Caio Ribeiro de Moraes e Silva - Dr. Enil Fonseca - Prof. Jonas Rodrigues - Dr. Manoel Blas Rodigues - Maria Luiza Infantini - Miguel Pasquarelli - Nicolino Simone Filho - Oswaldo Marques - Oswaldo dos Santos - Oswaldo Toschi - Ricardo Gonçalves Rocha - Rubens Paes - Sua Gil - Tude Bastos - Walter Antônio Melarato - Obs.: Assumiu a Prefeitura o sr. Jonas Rodrigues, sendo convocado o seu suplente sr. Rivaldo Rosas. - Renunciou o sr. Tude Bastos, assumiu seu suplente Dr. Alberto Lopes dos Santos em 14/11/61. Antônio Conceição renunciou em agosto de 1963. 

1956 - Dr. Alberto Lopes dos Santos - Angelina Pretti da Silva - Antônio Bueno Capolupo - Antônio Conceição Filho - Carlos Menezes Tavares - Cremiro Azevedo - Jayme Pinheiro Guimarães - João Camillo Alves Ferreira - José Gomes Henriques - José Rosindo dos Santos Filho - Lourival Moreira do Amaral - Nelson Parente - Nicolino Simone Filho - Oswaldo Marques - Raul Vasques Rios - Rafael Faro Politi 

1952 - Augusto Ruiz - Diego Pires de Campos - Oswaldo dos Santos - Raul Vasques Rios - Edson Telles de Azevedo - Oswaldo Toschi - Antônio Bueno Capolupo - Edmar Dias Bexiga - Orlando Antônio Emílio Intrieri - Rafael Faro Politi - Lourival Moreira de Amaral - Arnaldo da Costa Teixeira - Oswaldo Marques - Nelson Parente - Antônio Lua Filho - Justiniano Vasconcellos Passos - Marcos Lindinho Rodrigues Machado. Obs.: o sr. Oswaldo dos Santos assumiu o suplente sr.Victorio Morbim - Faleceu o sr. Diego Pires de Campo, assumiu o suplente Dr. Alberto Lopes dos Santos 

1948 a 1951 - Agenor Lapenna - Ariovaldo de Oliveira Rosa - Arnaldo Fernandes Filho- Dr. Alcides de Araújo - Antônio Bueno Capolupo - Camilo Thadeu - Edmar Dias Bexiga - Eduardo Araújo dos Santos Filho - Ruy Neves Requejo - Coracy Paranhos - Fernando Martins Lichti - Orlando Antônio Emílio Intrieri - Polydoro de Oliveira Bittencourt. Suplentes: Carlos de Menezes Tavares e Benedito Ribeiro da Silva. Obs.: Faleceu o sr. Eduardo Araújo dos Santos Filho. Renunciou o sr. Polydoro de Oliveira Bittencourt.

1937 - Alberico Robillard de Marigny - Dr. Alcides de Araújo - Agostinho Pereira Pinto Júnior - Raul de Souza Dantas - Dr. José Meirelles Júnior - Rodrigo Peres do Rio Filho - Tiago de Castro Bicudo - João Lima - Jayme Hourneaux de Moura - Walter Amaral - Leopoldo Bernardo Augusto Teuber - No período de 1938 a 1947, a Câmara de São Vicente não funcionou. 

1936 - Alberico Robillard de Marigny - (Dr. Alcides de Araújo) - Jaime Hourneaux de Moura - João Lima - Leopoldo Bernardo Augusto Teuber - Raul de Souza Dantas - Agostinho Pereira Pinto Júnior - Dr. José Meirelles Júnior - Rodrigo Pires do Rio Filho - Osias Isidoro dos Santos - Major Alípio Ferraz, Renunciou ao mandato ao sr. Osias e Major Alípio em 10/08/36 
1929 a 1930 -Luiz Antônio Pimenta - Osório Isidoro dos Santos - José Vicente Barros - Eduardo Araújo dos Santos Filho 

1927 a 1928 -Rodrigo Peres do Rio Filho - Raul Serapião Barbosa - Dr. Pércio de Souza Queiroz - Paulo Hourneaux de Moura - Eduardo Freitas Júnior 
1920 a 1922 -Dr. Pércio de Souza Queiroz - Raul Serapião Barbosa - José Meirelles - Dr. Guilherme Raposo de Almeida - Eduardo de Freitas Júnior 

1918 a 1919 -José Meirelles - Bento de Menezes Forjaz - Dr. Pércio de Souza Queiroz - Manoel Freire de Carvalho - Alberto Martins de Oliveira 
1917 - José Meirelles - Bento de Menezes Forjaz - Manoel Freire de Carvalho - Alberto Martins de Oliveira - Dr. Pércio de Souza Queiroz 

1916 - Francisco Antônio de Souza Júnior - Salvador Leal - Antão Alves de Moura - Alberto Martins de Oliveira - Manoel Freire de Carvalho - Eduardo Araújo dos Santos 

1915 - Francisco Antônio de Souza Júnior - Salvador Leal - Antão Alves de Moura - Alberto Martins de Oliveira - Theotônio Gonçalves Corvello - Eduardo Araújo dos Santos 

1914 - Coronel Evaristo Machado Netto - Salvador Leal - Theotônio Gonçalves Corvello - Capitão Antão Alves de Moura - Alberto Martins de Oliveira - Eduardo Araújo dos Santos - Coronel Francisco de Souza Júnior 

1911 - Evaristo Machado Netto - Salvador Leal - Capitão Antônio Militão de Azevedo - Alberto Martins de Oliveira - Capitão Antão Alves de Moura - Magino da Silva Bastos 

1908 - Theotônio Gonçalves Corvello - Salvador Leal - Joaquim José Leite - Alberto Martins de Oliveira - Antão Alves de Moura - Antônio Militão de Azevedo 
1906 - Salvador Leal - Antônio Militão de Azevedo - Alberto Martins de Oliveira - Theotônio Gonçalves Corvello - Antão Alves de Moura - José Gonçalves da Silveira 

1905 - Herman Hayn - Antão Alves de Moura - Alberto Martins de Oliveira - José Gonçalves da Silveira - Salvador Leal - Antônio Militão de Azevedo 

1904 - Herman Hayn - José da Costa Barros Pereira das Neves - Antão Alves de Moura - Antônio de Lima Machado - Salvador Leal - Manoel de Jesus e Silva - Antônio Militão de Azevedo - Leôncio Ratto - Alberto Martins de Oliveira 

1902 - Herman Hayn - Joaquim Bento Alves Lima - José da Costa Barros Pereira das Neves - Leôncio Ratto - Antônio de Lima Machado - Alberto Drummond 

1901 - Capitão Gregório Inocêncio de Freitas - Herman Hayn - Joaquim Dias da Silva - Antônio de Lima Machado - Fellipe Caheus 

1900 - Capitão Gregório Inocêncio de Freitas - Herman Hayn - Joaquim Dias da Silva - Herma Reiport - Antônio de Lima Machado - Fellipe Caheus 

1899 - Capitão Gregório Inocêncio de Freitas - Herman Hayn - Joaquim Dias da Silva - Herma Reiport - Antônio de Lima Machado - Fellipe Caheus 
1898 - Alberto Veiga - Leôncio Ratto - Joaquim Dias da Silva - Antônio Emmerich - Eduardo Victor de Freitas 

1897 - Alberto Veiga - Joaquim Duarte da Silva - Paulino Alves de Oliveira - Leôncio Ratto - Joaquim Duarte da Silva - Paulino Alves de Oliveira - Leôncio Ratto - Joaquim Dias da Silva - Antônio Emmerich 

1896 - Tenente-coronel José Lopes dos Santos - Alberto Veiga - Elias da Fonseca - Arthur Galvão Bueno - Antônio Emmerich - Eduardo Victor de Freitas. Suplente: Faleceu o sr. José Lopes dos Santos, em 22.05.96. Mudou-se de residência o sr. Arthur Galvão Bueno. Realizado eleição p/ preenchimento das duas vagas no dia 13 do corrente, foram eleitos os srs. Joaquim Dias da Silva e Leôncio Ratto 

1895 - Tenente-Coronel Julião Caramuru - Herman Haya - Tenente-Coronel José Lopes dos Santos - Antônio Emmerich - Tenente-coronel Gil Alves de Araújo - Fernando José Augusto Bittencourt 

1894 - Tenente-Coronel Julião Caramuru - Fernando José Augusto Bittencourt - Herman Haya - Tenente-Coronel Gil Alves de Araújo - Tenente-Coronel José Lopes dos Santos - Antônio Emmerich 

1893 - Fernando José Augusto Bittencourt - Tenente-coronel Julião Caramuru - Herman Haya - Antônio Emmerich - Tenente-Coronel Gil Alves de Araújo 

1892- José Lopes dos Santos - Fernando José Augusto Bittencourt - Tenente-coronel Julião Caramuru - Tenente-coronel Gil Alves de Araújo - Antônio Emmerich - Herman Haya 

1891- Avelino Brasiense Carneiro - José Ignácio da Glória - Francisco Ignácio de Oliveira Ribas - José Alves Pinto - Manoel Henrique de Lima 

1887 - Capitão Gregório Inocêncio de Freitas - Tenente-coronel José Lopes dos Santos - Antônio Carlos da Silva Telles - Elias do Amaral Rocha - Fernando José Augusto Bittencourt - José Ferraz de Arruda Campos - Paulino José Ribeiro Ratto 

1886 - Fernando José Augusto Bittencourt 

1883- Jorge Alvino - Martins José Singer - Damazo Maria Gomes - Fernando José Augusto Bittencourt - José dos Santos Neves - Manoel Antônio dos Santos - Miguel da Silva 
1880- Domingos Inocêncio de Farias - José Antônio Pimieita Martins - Júlio Martins Ramos - Arlindo José da Neves - Miguel Francisco da Silva 

1876 - João Marcelino de Azevedo - Fernando José Augusto Bittencourt - Alexandre Jermino de Carvalho - José Antônio dos Santos Costa - Américo Marcelino Rodrigues - Manoel Pedro de Almeida 

1850 - Luiz Mercelino V. de Azevedo - Belchior Francisco da Graça Martins - José Dias Barbosa - Manoel Assunpção Costa - Thomé José Vieira 

1849 - Antônio Gonçalves Nobre - Belchior Francisco da Graça Martins - José Dias Barbosa - Serafim Gomes dos Anjos 

1847- Antônio Gonçalves Nobre - Belchior Francisco da Graça Martins - Francisco Vieira Branco - João Pereira Sodré - Sarafim Gomes dos Anjos - Venâncio da Costa 

1843 - Antônio Gonçalves Nobre - Belchior Francisco da Graça Martins - Francisco Vieira Branco - João Pereira Sodré - Sarafim Gomes dos Anjos - Venâncio da Costa 

1842- Manoel Jacinto Assunpção e outros não identificados. 

AS SEDES DO LEGISLATIVO VICENTINO


Largo Batista Pereira, depois Santo Antônio e atualmente Praça João Pessoa. Ao fundo o Morro dos Barbosas.


A primeira sede que se tem notícia, foi construída na encosta do Morro dos Barbosas, no local onde hoje existe uma cachoeira, juntamente com a Igreja, a Cadeia e a Alfândega, porém um abalo sísmico obrigou o Governo Municipal a reconstruir nova sede no Largo Baptista Pereira, depois Largo Santo Antônio, hoje Praça João Pessoa, onde se encontra o Mercado Municipal. Esse prédio foi construído em 1729 e funcionava juntamente com a cadeia e o quartel de polícia.

Em 1915, no dia 01 de agosto, a municipalidade deixou o velho e histórico casarão, que ameaçava ruir, sendo transferida para a Rua Frei Gaspar nº 20, na esquina com a rua Visconde do Rio Branco (na lateral da Casa do Barão). Nesse período, na propriedade do Sr. Joaquim do Espírito Santo, pagando um aluguel de 2$300 réis, a Câmara permaneceu até que, através de projeto de lei apresentado em 01 de abril de 1919, ficou o Sr. Prefeito Municipal autorizado a adquirir por compra o prédio nº 78 da rua Frei Gaspar e respectivo terreno, pela quantia de 30:000:000 (trinta conto de réis), cujo prédio pertenceu à herança de Julião Caramuru, e na época pertencia a Magino Bastos e sua mulher, tendo em 14 de abril do mesmo ano sido lavrada a escritura de compra do prédio e seu inquilino convidado a desocupá-lo para início das reformas necessárias, afim de ser instalado o Paço Municipal.

MANSÃO CARAMURU

E, a 20 de julho de 1920, noticiava o Jornal do Comércio: “Dia 14 do corrente, foi festivamente instalado em novo edifício, adquirido em ótimas condições pela Câmara, e que fica situado no centro de amplo em ótimas condições pela Câmara, e que fica situado no centro de amplo terreno ajardinado com área aproximadamente de 300 metros quadrados, a rua Frei Gaspar, esquina da rua Tibiriçá. O espaçoso prédio, um dos mais importantes da cidade, sofreu várias reformas ficando perfeitamente adaptado para os fins a que se destina. Tendo sido as obras dirigidas pelo Prefeito Municipal, Sr. João Francisco Bendspor, que era ao mesmo – tempo Engenheiro da Câmara – a qual prestou gratuitamente os seus serviços. No pavimento térreo, em seguida ao “Hall” foram instaladas em suas várias dependências todas repartições de água e arquivo. Nesse pavimento foi reservado um espaçoso salão destinado a Biblioteca Municipal. Havia ainda um cômodo para o Zelador e dependências sanitárias. No pavimento superior, no topo da escada, encontra-se a sala de espera e a seguir o salão de recepção, sala das sessões, gabinete do Presidente e do Prefeito e Secretária. Ao fundo de cada lado, um amplo terreno com magnífica vista. Na sala das sessões destaca-se dois grandes retratos: de Martim Afonso e José Bonifácio – o velho. Na recepção, o quadro da primeira missa no Brasil e os retratos dos Drs. Jorge Tibiriçá, Carlos Botelho, Galeão Carvalhal e Azevedo Júnior. Na secretária existe um quadro que é uma verdadeira relíquia histórica. Trata-se de antiguíssimo e autêntico desenho das armas de Portugal ao tempo em que a jovem república estendia os seus domínios do Brasil aos Algarves. O ato da inauguração do novo edifício revestiu-se da solenidade, ás 19 horas e meia na sala das sessões da Câmara, presentes os Vereadores Dr. Pérsio de Souza Queiroz, Presidente; Raul Serapião Barroso, Vice-Presidente; João Francisco Bendspor, Prefeito Municipal; José Meirelles e Luiz Antonio Pimenta, faltando o Sr. Manoel Covas Raia.

Com o decorrer dos anos, aquelas instalações começaram a ficar pequenas para o bom funcionamento do Legislativo e do Executivo, pois já era exíguo o espaço para o funcionamento do Plenário, e o Sr. Prefeito tinha necessidade de instalar outras seções da Prefeitura para o bom andamento do serviço e de comum acordo com o Sr. Prefeito, a Presidência da Câmara, atendendo o apelo feito pelo Chefe do Executivo, no dia 01 de março de 1952, resolveu transferir a Câmara para a rua Treze de Maio no11, esquina da rua Quinze de Novembro, em cima da Padaria das Familias (pagando um aluguel de Cr$ 3.000,00).

O arquivo da Câmara, que se encontrava na Prefeitura, correspondia às antigas Legislaturas foram incorporados ao atual arquivo do Legislativo, que ficou, assim, de posse de histórica e valiosa documentação, que tem servido a muitos historiadores, pesquisadores, estudantes e amantes da coisas e costumes do povo vicentino no levantamento histórico do município.

Em 1953, através da Resolução no 01, de 29.04.1953, ficou autorizada a Mesa da Câmara a providenciar a transferência do Legislativo, tendo em vista que o prédio da rua 13 de Maio era muito pequeno e o Legislativo havia ali se instalado provisoriamente.

E, foi então que o Sr. Alexandre Neves Teixeira, comerciante no município, que estava construindo um prédio na rua Martim Afonso no 251, esquir da Praça Barão do Rio Branco, ofereceu seu imóvel para que fosse instalada a Câmara, mediante aluguel, cabendo ao Sr. Orlando Antonio Emilio Intrieri, Presidente da Câmara, providenciar sua mudança em fins de 1954.

Essa transferência, árdua pelo intenso e dificultoso trabalho, devido, principalmente, à precariedade da situação financeira do Municipio; agradável porque, com o beneplácido do Plenário, puderam dar à Câmara da Cellula Mater do Brasil, instalações de acordo com suas necessidades e condizentes com sua importância e com suas tradições.

Em 1983, quando o prédio da rua Martim Afonso já não mais comportava os serviços do Legislativo e os novos Vereadores, recém empossados, embuiram-se no propósito de construírem um prédio próprio condizentes com as necessidades do legendário Legislativo vicentino, com a adesão do Sr. Prefeito Municipal Sebastião Ribeiro da Silva, que conseguiu construir um novo prédio, de três andares, com acomodações modernas e confortáveis. O prédio, inaugurado em 22 de janeiro de 1987, fica situado na Rua Jacob Emmerich, no Parque Bitaru, ao lado do fórum. camarasaovicente.sp.gov.br)





Atual sede da Câmara, na rua Jacob Emmerich, no Bitaru. 



O vereador Brito Coelho, do Partido dos Trabalhadores, durante o Ato de Promulgação da Lei Orgânica do Município, elaborada pela Constituinte Municipal, no dia 5 de abril de 1990. Acervo pessoal.


Brasileiro sempre quebrou a regra moral discutindo e misturando política, futebol e religião. Tanto é que chamamos panfleto eleitoral de SANTINHO, pelo formato gráfico e por ironia aos candidatos. Esse foi das eleições de 1986, com cinco candidatos a governador, dois senadores, deputados estaduais e federais. O PMDB estava em alta, por causa do Plano Cruzado (José Sarney, o empresário Dilson Funaro e a economista portuguêsa Maria da Conceição Tavares). Ainda não existia PSDB. Mário Covas teve mais de 6 milhões de votos ao senado, recorde histórico. Fernando Henrique Cardoso também foi eleito. O candidato local foi Raimundo Oliveira, empresário nordestino, ex- vereador e então morador da Vila Margarida. fazendo dobradinha com Castelo Branco. Não foram eleitos. Lula foi eleito deputado federal, juntamente com Alkmin e o ex-prefeito Koyu Iha. O Congresso eleito foi a base da Constituinte de 1988. O santinho foi encontrado dentro de um livro doado ao IHG-Praia Grande

"Barnabés", expressão utilizada pela imprensa da época como forma provocativa e ofensiva aos funcionários públicos concursados e comissionados. Com a Constituição de 1988 e também com a modernização das redações e renovação e formação universitária dos jornalistas, o termo desapareceu do notíciário.


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